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20 de fev. de 2011

Em Campina: Seis presos fogem e um morre eletrocutado no presídio do Serrotão.


Seis presos conseguiram fugir do presídio do Serrotão, em Campina Grande, na madrugada deste sábado (19). O sétimo que queria seguir o mesmo caminho não teve sorte e morreu eletrocutado (foto).

De acordo com os agentes penitenciários de plantão, a fuga se deu por volta das 2h50, entre as guaritas G-14 e G-15. Os sete apenados teriam arrombado (ou violado de alguma forma) os cadeados dos pavilhões onde estavam e rastejaram até o muro. Lá, eles jogaram a corda de pano que os próprios detentos fazem – conhecida como ‘alvará’.

A perícia compareceu ao presídio para fazer os devidos levantamentos. Uma equipe da Energisa foi acionada para desligar a rede elétrica e homens do Corpo de Bombeiros retiraram o corpo, que ficou grudado nos fios de alta tensão.

O juiz da Execução Penal, dr. Fernando Brasilino, deslocou-se até a penitenciária tão logo tomou conhecimento do fato, ainda pela madrugada. Ficou por lá até as 9h, acompanhando tudo de perto.

Mistérios

As investigações ainda vão revelar como exatamente os presos conseguiram violar os cadeados, chegar ao muro e pular sem serem vistos. E ainda: saber de que forma os seis conseguiram passar pela cerca elétrica.

Competências

Cabe aos agentes penitenciários a vigilância interna dos presídios. Do muro pra fora, é a Polícia Militar quem deve impedir a fuga do preso. Aos agentes, cabe explicar como os apenados saíram das celas. E os PMs devem dar explicações sobre a parte que lhes cabe – a fuga sobre o muro.

Velho problema...

Não é novidade para ninguém – tampouco para as autoridades competentes – que o sistema prisional neste país carece de efetivo, tanto entre os agentes penitenciários quanto no contingente de policiais militares, que são os responsáveis pela vigilância nas guaritas. Mesmo assim, nos dias 06 e 17 de janeiro de 2011, a direção do Serrotão enviou mais um ofício ao comando da Polícia Militar e à Secretaria de Administração Penitenciária, relatando [mais uma vez] o problema da falta de policiais nas guaritas daquela unidade penal.

Vai sobrar pra quem?

É claro que tudo deverá ser investigado. Agentes ou PMs, se ficarem comprovadas suas falhas, é natural que tenham a devida punição. Mas, e se ficar constatado que as fugas foram ‘facilitadas’ pelas omissões dos governos, que há anos não resolvem o problema de efetivos nos presídios? Quem vai pagar?...

Nossas ‘omissões’

Tivemos todo o acesso aos nomes, idades e espécies de crimes dos presos que fugiram e do que morreu no local. Mas achamos por bem não divulgá-los (a imprensa esta aí para publicá-los). Muito mais importante (ou pelo menos mais emergencial) do que isso são as carências que dão uma imensa contribuição para a fuga dos apenados. Saber os nomes de fugitivos pouco vai ajudar na resolução dos problemas. Ter conhecimento das verdadeiras causas desses problemas certamente será a melhor informação a se passar.

ParaibaemQAP com clickpicui