Pages - Menu

Pages - Menu

8 de mar. de 2011

Compare os preços de bebidas nas festas de carnaval pelo país


Não dá para curtir o carnaval sem se hidratar, seja com água, refrigerante ou cerveja. Para mostrar as diferenças de preço entre os produtos mais vendidos nas festas pelo país, repórteres do G1 buscaram os preços em bares, lanchonetes ou ambulantes de oito cidades.

Bebida mais vendida nas festas, a cerveja tem uma variação grande de preço. No carnaval de rua no Recife, capital pernambucana, a lata foi encontrada por R$ 2. Já no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio, que atrai muitos turistas estrangeiros, a lata custa R$ 4,50. No Sambódromo de São Paulo, o Anhembi, o preço não é muito diferente: R$ 4.

Comidas
Entre as comidas mais comuns, como espetinho e cachorro-quente, a diferença entre os preços não é muito grande. Em frente ao sambódromo do Rio, por exemplo, um churrasquinho é vendido a R$ 3, o mesmo preço cobrado nas ruas de Recife e de Brasília. Em Salvador, o folião paga R$ 2,50 por um espetinho perto dos trios elétricos. Dentro do Anhembi, saiu um pouco mais caro: R$ 4.

Já o cachorro quente é vendido a R$ 4 dentro do sambódromo de São Paulo. Em Ouro Preto custa R$ 3 e em Salvador, R$ 2,50.

Na Sapucaí, onde há uma praça de alimentação, é possível comprar porções mais elaboradas, como de a picanha fatiada, que custa R$ 47,50.

Lucro para os vendedores
Independentemente dos preços cobrados, uma coisa é comum em todas as cidades: a venda de bebida e comida dá lucro para muita gente nesta época do ano. Os ambulantes aproveitam a época para ganhar um pouco a mais.

Antônio Paulo, de 37 anos, é ambulante no Recife. Ele vende bebidas no carnaval há mais de 10 anos. A reportagem do G1 encontrou Antônio Paulo vendendo um latão de cerveja, de 473 ml, a R$ 2 - embora a maioria dos ambulantes cobrasse R$ 3. “Eu vendo mais barato porque fico mais longe do foco da festa”, justifica. Ele afirma que costuma vender 240 latões por noite e diz lucrar R$ 0,50 em cada, o que dá lucro de R$ 120.

Em Salvador, os ambulantes levam o negócio tão a sério que chegam a ter funcionários para levar produtos aos trios. Além disso, há promoções para desovar as bebidas que ficaram quentes durante a festa, por exemplo.

Maria de Lourdes Lopes, de 62 anos, tem uma barraca de bebidas. Ela diz que, por estar vendendo pouco, baixou o preço da água de R$ 2 para R$ 1,50. “Cerveja eu vendo bem, mas o movimento está devagar porque eu não posso vender espetinho aqui. Mas depois que o rapa (fiscalização) vai embora, eu faço [espetinho] e melhora um pouco”, afirma a ambulante, que diz lucrar R$ 80 ao dia.

Já a vendedora Francileide Barbosa de Jesus, de 23 anos, que também só trabalha com bebidas, diz que chega a lucrar R$ 600 por dia. Tamanha diferença na lucratividade se deve ao investimento realizado, afirma ela. “Eu boto um funcionário para trabalhar para mim. Eu fico aqui com a caixa maior, enquanto ele pega um isopor menor e sai por aí vendendo, vai para o meio dos blocos, na arquibancada. Ele vai e volta toda hora, vendendo quase tudo só de cerveja”, diz.

G1