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26 de abr. de 2011

Imprensa Nacional destaca Sousa com a ´melhor´ água de coco do País.

Imprensa Nacional destaca Sousa com a ´melhor´ água de coco do País. CONFIRA!

Sousa tem a melhor água de coco do País

Centro da fruticultura do pólo da região do Alto Piranhas, o município de Sousa engloba mais de dez municípios.


O jornal Diário do Nordeste do vizinho estado do Ceará, que tem circulação em todo o Brasil trouxe na edição desse domingo (24), uma matéria especial sobre a produção do coco na cidade. Sousa, que é o centro da fruticultura do pólo da região do Alto Piranhas, engloba mais de dez municípios e com o projeto "Várzea de Sousa", poderá aumentar sua produção de manga, goiaba, banana, coco e horticultura orgânica.

Confira a matéria publicada:

A cultura do coco é, sem dúvida, a mais disseminada entre os produtores rurais do município. No local, dados oficiais apontam para uma produção de 120 mil a 150 mil cocos por dia, que saem, principalmente, para os estados do Maranhão, Rio de Janeiro, São Paulo e ainda Brasília.

Mas, na prática, o volume é bem maior. Se for contar com aquilo que se produz e sai sem declarar imposto, são em torno de 230 mil. Os sonegadores respondem por uma parte importante desse montante.

Independentemente de o dinheiro devido chegar ou não ao Fisco, o certo é que o coco movimenta uma forte economia em toda a região, empregando milhares de pessoas no município, e com um grande trunfo: "o coco garante a permanência do homem no campo", destaca o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Sousa, Caetano José de Lima.

Geração de empregos
A atividade teve início ainda na década de 1930, com a construção do açude São Gonçalo, e se fortaleceu na década seguinte. Hoje, no perímetro irrigado instalado ao lado do açude trabalham cerca de 10 mil pessoas, plantando coco e banana.

Entre estes produtores está João Paulo Formiga, 28. Terminando os estudos do Ensino Médio, e após se casar, Formiga resolveu alugar um lote no perímetro, e há cinco anos planta e colhe coco.

"A colheita ocorre a cada 40 dias. Tenho 300 pés em um terreno de cinco hectares, que dão cerca de sete mil cocos", explica o produtor.

A colheita é repassada aos atravessadores, que compram a unidade por preço que varia entre R$ 0,15 e R$ 0,50. Apesar de baixo, o valor é considerado razoável pelo produtor, em virtude do volume produzido. "A vantagem é que tenho a certeza da venda. E está dando certo, não penso por enquanto em trocar de atividade", afirma.

LADO NEGATIVO

Trabalho duro e crianças na produção
Para levar o coco do produtor aos mercados consumidores, uma série de trabalhadores se envolvem na cadeia: tiradores, carregadores, intermediários (ou "atravessadores"), entre outros. Para alguns, o trabalho é bem pesado. "Tem gente que já perdeu o olho, quebrou o nariz tirando coco", lembram os trabalhadores na fazenda, falando dos riscos que correm os "tiradores de coco".

Crianças empunham facões
Chegando ao Perímetro de São Gonçalo, fomos em busca de algum lote que estivesse colhendo coco e carregando caminhões. Recebemos a informação de uma fazenda neste estado e, na estrada para chegar lá, encontramos um grupo de pessoas trabalhando em fazer a "pelagem" do coco. Paramos para conferir.

No meio do grupo, enquanto homens conversavam e tomavam uma cachaça, algumas crianças levantavam destramente facões para retirar o bagaço do coco seco.

Três "Franciscos", um de 14, outro de 15 e mais o último de 16 anos manobravam concentrados seus facões. Ao redor, um chão coberto de bagaço. "Tamanho não é documento", um diz, sem tirar o olhar do ofício.

DIÁRIO DO SERTÃO com Diário do Nordeste