Pages - Menu

Pages - Menu

7 de jun. de 2011

Os olhos só vêem o que a nossa consciência quer nos mostrar

Professora Priscila Dias
Caros leitores, ao ler o texto do colega Adjailson Souza (clique aqui para ler) passei a questionar-me sobre uma pequena dúvida, porém, que faz toda diferença, trata-se do uso de um ponto de interrogação. O texto que o mesmo escreveu para divulgar algumas ações e projetos ambientais da empresa Elizabeth tem como título: “De vilã para mocinha Elisabeth” (literalmente escrito dessa forma).

Acredito que um ponto de interrogação e a simples troca na ordem das palavras dariam um sentido melhor ao texto. Que tal se a frase fosse escrita dessa forma? Elizabeth: De vilã para mocinha? Talvez essa fosse nossa indagação no momento.

Como o colega disse, a Elizabeth lançou nesses últimos dias um projeto ambiental que inclusive foi divulgado nas escolas e a comunidade ficou animada por perceber que, após os dez  anos da instalação da Elizabeth em nossa cidade, ela resolvera fazer alguma ação para tentar repor os danos causados ao nosso ambiente.

Caros leitores, o meu questionamento é o seguinte: será que realmente a Elizabeth está virando mocinha? Porque será que durante todo esse tempo não foi realizado ações proativas na recuperação do meio ambiente? Porque apenas agora, exatamente depois do artigo da aluna Rossana, dos vários textos publicados nos sites, dos debates na classe estudantil a Elizabeth percebeu que era necessário fazer algo?

Não estou aqui desmerecendo a atitude do projeto, muito pelo contrário, aconselho a comunidade que apóie a causa e ajude a arborizar  nossa cidade, o que estou chamando atenção é que essa atitude por parte da empresa já era para ter sido tomada há cerca de dez anos quando se instalou em nosso município, pelo menos por lei ela teria a responsabilidade dessa contrapartida.

Outro ponto que não deixei de observar no texto do colega foi a comparação que o mesmo fez da empresa Elizabeth com o sistema feudal, que nas suas palavras apresentavam-se assim: Ela a grande senhora feudal, Elisabeth, Onde está ela ?”. Para quem não sabe ou não lembra o senhor feudal figura importantíssima durante a idade média ganhou esse título por acumular grandes quantidades de terras e permitia que pessoas que não tinha onde morar utilizasse suas terras em troca de pagamentos de tributos, que viriam através do trabalho em parte de suas terras e também dos produtos que esses produziam nas terras onde moravam. O senhor feudal era chamado de suserano e as pessoas que moravam em suas terras eram chamados de vassalos.

 Creio que novamente o colega empregou o termo incorreto para identificar a empresa Elizabeth, ela não pode ser considerada a senhora feudal pois, ela não é dona de nossas terras, muito pelo contrário, se fosse pra usar esses termos Pedra Lavrada seria a senhora feudal e a Elizabeth nossa vassala, pois foi ela quem se instalou em nosso território, e é ela quem deve pagar tributos por extrair nossas riquezas minerais, assim caros leitores, a Elizabeth pelo menos em tese era pra ser nossa Vassala e Pedra Lavrada sua Suserana, porém, infelizmente tem muita gente que quer inverter esses papéis, ou então, por pura ignorância desconhece a realidade dos fatos.

Espero que não entendam esse pequeno texto como uma retaliação a um colega de profissão, muito pelo contrário, ele mostra simplesmente que, um fato pode ser interpretado de várias maneiras, e isso depende da maneira de olhar de cada um, assim cada um analise os fatos e construa a interpretação que quiser, afinal, somos seres humanos racionais, livres para nos posicionarmos como quisermos, até porque, os olhos só vêem o que a nossa consciência quer nos mostrar.


Abraços a todos e até uma próxima oportunidade.


Ledeny Priscila de Lima Dias