O programa Rede Verdade da TV Arapuan, entrevistou nesta sexta (10) o procurador geral de justiça da Paraíba, Oswaldo Trigueiro que afirmou que existem cerca de 1500 funcionários fantasmas e 500 mortos na folha de pagamento do Estado.
“Poderia dizer de forma segura que, da lista que nos entregaram, cerca de 1500 pessoas seriam fantasmas e no universo de pessoas mortas que alguém se beneficiava seriam em torno de 500. Seriam 2000 pessoas de uma lista com mais de 4000 nomes”, explica. O promotor afirmou que serão verificados os óbitos e se quem se servia agia de má fé.
Segundo Trigueiro, no início das investigações o Ministério Público (MP) previa que levariam poucos dias para concluir o trabalho, mas depois com o volume de informações coletadas, a previsão aumentou para um semestre. “Não é fácil. É uma tarefa que foi delegada ao Dr. Carlos Romero e uma equipe e o Patrimônio Público da Capital também está envolvido neste tipo de serviço e apoio”, diz. O procurador confirmou que a investigação será concluída ainda este ano.
A respeito da lista que está sendo investigada pelo MP e a que foi divulgada na mídia, o promotor prefere não revelar se as duas são a mesma, mas insinua que por ser uma lista digital a fonte foi outra que não o MP.
Trigueiro explicou que as pessoas que se “sentiram prejudicadas do ponto de vista da moral da sua imagem” pela lista de servidores fantasmas, devem recorrer ao judiciário. De acordo com o jornalista Luiz Tôrres, até a noite de ontem não havia nenhuma demanda judicial questionando a lista.
A respeito do acúmulo de material no gabinete do procurador geral de justiça (2106 processos), o promotor explica que foi um grande equivoco do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
“Na verdade não existe nenhum documento dentro da procuradoria geral pendente, pegaram o movimento do mês, ou seja, dois mil processos que são distribuídos para que a assessoria técnica possa desenvolver, no quadro abaixo vem dizendo quantos processos estão pendentes para cada assessor técnico e não chegava a dez”, explica.
Trigueiro reclama que esse número de processos poderia ser distribuído ao colégio de procuradores, que é formado por 19 pessoas. Ele explica que essa proposta está em discussão no colégio para que haja uma redistribuição desses processos.
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