O material genético do carioca Abner Machado Pereira Neto, de 36 anos, acusado de abusar sexualmente de crianças foi coletado para ser comparado com o da estudante Rebeca Cristina, de 15 anos, que foi estuprada e encontrada morta na Praia de Jacarapé no último dia 11.
Abner foi preso na tarde da quinta-feira (28) durante uma ação conjunta entre as Polícias Militar e Civil. Durante o depoimento, ele assumiu a autoria de dois estupros (sendo de uma criança de nove anos do Valentina e outra de uma menina de 11 anos do Geisel), mas as acusações que pesam contra ele apontam para outros crimes que estão sendo investigados. Na casa de Abner a polícia encontrou um vídeo do estupro da menina de 11 anos que foi raptada no Geisel. Ela passou mais de 12 horas com o criminoso.
A delegada da Infância e Juventude, Joana Darc, chorou enquanto assistia as imagens. Ainda na casa do criminoso foram encontrados um computador portátil e vários CD's e DVD's que serão analisados pela polícia.
Questionado sobre o possível envolvimento com o sequestro, estupro e homicídio da estudante Rebeca, Abner negou qualquer tipo de participação. Mas uma testemunha que estava na delegacia confirmou que viu Rebeca no carro de Abner no dia do crime. A polícia informou que está investigando e por isso coletou o material genético que será analisado pelo Instituto de Polícia Científica (IPC).
Na internet, Abner Machado mantinha um perfil em um site evangélico. Lá é possível ver fotos dele com a amigos e ainda um vídeo religioso. Durante o depoimento Abner citou diversas vezes Jesus. Ele chegou a dizer que Deus protegias as crianças.
A delegada Joana Darc adiantou que ele responde, a princípio, por estupro de vulnerável e que a pena varia entre oito e 15 anos de detenção. Abner não tem nível superior e está na carceragem da Central de Polícia em João Pessoa. Ele será encaminhado para o presídio do Roger.
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