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24 de set. de 2011

“Ronaldo Cunha Lima queria lavar sua honra e depois se suicidar no Gulliver”, revela Góes.


Uma das testemunhas do caso Gulliver fez revelações inéditas e bombásticas a revista POLITIKA deste mês. A primeira e mais bombástica delas é justamente o título da matéria de capa, onde – pela primeira vez – ele revela que a verdadeira intenção do ex-governador Ronaldo Cunha Lima (atualmente filiado ao PSDB), naquele começo de tarde de uma sexta-feira, dia 5 de novembro de 1993, quando disparou três tiros em direção ao também ex-governador Tarcísio Burity (PMDB, já falecido), atingindo ainda uma cadeira, o paletó e o balcão do restaurante “Gulliver”, em Tambaú, era vingar-se publicamente e depois cometer suícidio, devido ao angustiado estado de espírito incorporado pelo poeta, no fatídico dia.

Os tiros foram disparados em reação às supostas críticas que Burity teria feito ao filho predileto de Ronaldo – Cássio Cunha Lima, então superintendente da Sudene, cuja sede fica em Recife-PE – numa entrevista concedida ao vivo, minutos antes, na TV “O Norte”.

Ronaldo – transtornado desde a noite anterior, quando o “bispo” da seita batizada com o insólito nome de Igreja Católica Apostólica Brasileira de Campina Grande, “dom” Júlio Paiva Feliciano, havia desferido pesadas acusações contra Cássio no programa partidário exibido em rede nacional de televisão no horário eleitoral gratuito do PMN – não suportou a pressão psicológica e partiu para o revide, defendendo a honra do filho agredido moralmente, perante todo o Brasil, pela TV. Foi uma pancada dolorosa demais, para ele.

“Como poeta, com o coração bastante sensível às dores da alma, Ronaldo pensou em lavar sua honra perante Burity, supostamente vingar-se de mim (Marconi Góes) e depois aliviar seu coração pesaroso, cometendo um supremo ato de insensatez ao tirar sua própria vida, no mesmo ambiente onde ele acreditava estar reabilitando em público o moral da sua família, num processo traumático de autoflagelação levado ao extremo”, explica o ex-diretor dos Associados.

A íntegra da matéria pode ser conferida na edição deste mês da revista POLITIKA que já está nas bancas.

PB Agora com Revista Politika