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27 de jan. de 2012

MAIS NOTÍCIAS DO MUÍDO ENVOLVENDO O NOME DA CERÂMICA ELIZABETH


Coronel Lima Irmão dá uma de sem terra e adquire lotes do Incra em Alhandra


O Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra-PB) criou uma comissão para investigar como o coronel e ex-comandante da Polícia Militar, Lima Irmão, adquiriu dois lotes de terrenos no assentamento Mucatu, comprado pelo Instituto e doado a sem terras dentro da política de reforma agrária do Governo. Segundo o ouvidor agrádio do Incra, Cleofas Ferreira, o coronel não é um assentado e não poderia ser dono de lotes, já que os assentados não pode vendê-los a terceiros.
A coisa foi descoberta depois que Lima Irmão conseguiu botar a polícia para despejar sem terras que teriam invadido seus pretensos lotes. Os assentados descobriram que Lima Irmão estava vendendo o terreno à cerâmica Elizabete e por isso os invadiram. Lima botou a polícia em cima dos agricultores e o pau comeu na tarde/noite de ontem. Cleofas condenou com veemência a ação violenta da PM, ao mesmo tempo em que  explicou que o assentamento Mucatu é um projeto de reforma agrária já emancipado onde o Incra tomou todas as providências estruturais com a determinação de cláusulas resolutivas a serem cumpridas pelos assentados.
De acordo com o ouvidor agrário, entre algumas determinações das cláusulas resolutivas os posseiros têm que pagar todas as parcelas e manter a exploração da terra em regime de comunidade familiar. Se isso não cumprido, o imóvel jamais poderá ser alienado e vendido.
No confronte entre PM e trabalhadores entram em confronto houve feridos com balas de borracha. Para Cleofas,“o que a PM fez com essa ação foi simplesmente fazer um favor a um ex-comandante da PM”.
O ouvidor considerou a ação da PM como um abuso de autoridade e o mais agravante é que foi coordenada pelo coronel Josman coordenador do setor de gerenciamento de crise da Polícia Militar , sabedor de que esse tipo atitude é condenada pelo Incra. “ A orientação do Incra é que em casos como esse as negociações devem ir ao extremo”.
Cleófas Ferreira denunciou ainda que os posseiros estão sendo ameaçados a venderem os lotes e que estas ameaças parte de empresários interessados em implantar indústrias na área.
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Blog do Tião Lucena