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28 de fev. de 2013
Copa do Mundo incentiva migração de prostitutas para São Paulo em 2014
Sede da abertura da Copa do Mundo de 2014, São Paulo deve receber mais de 500 mil pessoas no mês do Mundial. São esperados torcedores, jornalistas, comerciantes, além das próprias seleções que disputarão o torneio. Mas a capital paulista também contará com um fluxo bem maior de profissionais de outro ramo: a prostituição. A expectativa do aumento no turismo sexual durante o evento chamou a atenção de diversas acompanhantes do interior e de fora do Estado, que se preparam para visitar e ter um período lucrativo na capital paulista no ano que vem.
A movimentação para a Copa despertou o interesse de garotas dos mais diversos estilos, sejam acompanhantes de luxo que cobram R$ 800 por programa ou meninas mais simples, que pedem R$ 50 por relação. A capixaba Brenda, por exemplo, é uma das prostitutas que já tem até flat reservado para vir com um grupo de nove garotas de Vitória, somente para o mês do Mundial. Além disso, elas planejam criar um blog em inglês para divulgar seus serviços.
"Vamos alugar três flats e contratar até motorista para buscar os clientes no hotel, se precisarem. O programa por aqui [Vitória] sai por volta de R$ 150, mas podemos cobrar até três vezes mais na Copa. A procura será absurda, mais do que em qualquer outro evento", destacou a jovem de 20 anos em entrevista por telefone.
A bauruense Juliana é outra profissional do sexo que viajará com um grupo de amigas para São Paulo durante a Copa. Mas ao contrário da capixaba, ela tem ambições bem mais simples e ainda não tem ideia de onde irá trabalhar durante os jogos.
Juliana cobra R$ 50 reais por programa no interior, mas é obrigada a dividir os lucros com a casa em que trabalha. A acompanhante de 24 anos afirma que não terá nenhuma condição de investir em planos mirabolantes na capital do Estado e que, por isso, não vai nem procurar um local para ficar quando o torneio se aproximar.
"Vamos chegar e ir para a [rua] Augusta mesmo. Sei que o pessoal todo vai para lá. Só não me pergunte aonde vamos dormir, isso a gente vê quando chegar. Mas já pensou se consigo sair com um jogador? Faço de tudo pra ele casar comigo e me tirar daqui! Já pensou se eu consigo?", sonhou Juliana.
Vale lembrar que São Paulo é uma cidade acostumada a receber grandes eventos, como a Fórmula 1 e convenções internacionais. Porém, a expectativa entre as profissionais do turismo sexual é que a Copa do Mundo ultrapasse de longe qualquer um destes acontecimentos graças à maior importância e exposição dos jogos, além de acontecer ao longo de um mês, período maior do que qualquer outro evento deste porte no país.
Estudante de odontologia no Paraná, Karina também visitará São Paulo exclusivamente para a Copa do Mundo. Mas ao contrário das outras duas acompanhantes, ela já fechou um programa fixo de duas semanas com um empresário alemão que estará na cidade para o Mundial.
Experiente em viagens internacionais ao lado dos clientes, a paranaense embolsará nada menos do que R$ 10 mil para dar atendimento exclusivo ao alemão, além de ter todas as suas despesas pagas.
"Ele virá para trabalhar nas duas primeiras semanas da Copa e depois deve viajar para acompanhar a Alemanha. Só fechamos o primeiro período, por enquanto. Se não der certo o resto, ficarei em São Paulo até o fim fazendo programas, já tenho flat disponível para mim", afirmou Karina.
Mas não são apenas as acompanhantes em si que estão se preparando para a movimentação durante a Copa. Algumas das casas de prostituição mais conhecidas da capital também estão investindo em infraestrutura e buscando a contratação de profissionais que falam inglês e espanhol.
É o caso de uma casa de massagem próxima ao aeroporto de Congonhas, que irá disponibilizar até 50% a mais de garotas para a clientela durante o evento. Além disso, a casa também contará com uma limousine para buscar os interessados nos hotéis no ano que vem.
"O importante é ter uma boa comunicação com os hotéis, pois são eles que nos indicam para os hóspedes. Já temos uma boa experiência pela Fórmula 1 e Indy, mas na Copa tudo deve ser maior. Por isso, vamos selecionar várias garotas de fora de São Paulo para podermos atender a todos", ponderou o gerente da casa.
UOL