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21 de ago. de 2013

Sou Paraíba sim Senhor

O Brasil precisa aprender a respeitar a Paraíba. Esse negócio de chamar “Paraíba” todo e qualquer sujeito malamanhado, bronco e burro, pode divertir essa parte sulista analfabeta e preconceituosa, mas a nós, paraibanos, não diverte de jeito nenhum.

Ser Paraíba ou paraibano é uma honra que cabe aos predestinados. Somos um povo determinado, trabalhador, inteligente, valente, de sangue no olho e sem o costume de levar desaforo para casa. Somos “Paraíba Sim Senhor”, com muito orgulho e peito estufado.

Não devemos nada ao sul ou ao norte, ao leste ou ao oeste. Somos gente feliz, que come bem, sabe ler, escrever, contar histórias e fazer música da boa.

Nosso estado, apesar de pequenino, é indômito e não se ajoelha diante de ninguém, muito menos diante dos arrogantes, presunçosos e preconceituosos.

Em 30 demos a Presidência a Getúlio Vargas através do martírio de João Pessoa. Antes disso, tivemos um presidente na pessoa de Epitácio. A Sudene foi fundada por Celso Furtado, por coincidência um paraibano. O maior tribuno do Brasil foi o sertanejo da Paraíba Alcides Carneiro. No campo das artes tivemos Pedro Américo, o maior pintor de todos os tempos. Na música nunca o Brasil viu outro igual a Jackson do Pandeiro, paraibano da gema. E os mais novos conhecem idolos como Zé Ramalho, Elba Ramalho, Roberta Miranda, Flavio José, Chico César, Magnificos e outros, muitos outros.

A Paraíba deu ministros de Estado como Zé Américo, Abelardo Jurema, João Agripino e Ernani Sátyro. Também deu escritores como o próprio Zé Américo, Zé Lins do Rego e Ariano Suassuna.

Em tudo quanto foi canto desse Brasil, sempre esteve um paraibano marcando presença, se destacando.

Por tudo isso, a Rede Globo tome vergonha na cara e deixe de ridicularizar o nosso povo. Vá cuidar dos seus quintais, porque do nosso nós cuidamos.

TIÃO LUCENA