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21 de set. de 2013

Ator radicado na Paraíba está no filme que pode concorrer ao ‘Oscar 2014’

W. J. Solha é o nome artístico do sorocabano Waldemar José Solha, homem de muitos ofícios e que, agora sexagenário, conhece a fama nacional e, agora,  talvez mundial. Afinal, está no elenco do filme escolhido pelo Ministério da Cultura para representar o Brasil na busca por uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro de 2014: trata-se do longa pernambucano “O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça.

Depois de viver a infância e juventude em território paulista, mudou-se para a Paraíba, no ano de 1962, quando exercia o ofício de bancário. Hoje, é o mais paraibano dos paulistas. Até porque foi na aprazível cidade de João Pessoa que desenvolveu, nos últimos 40 anos, seus muitos dons artísticos: o de romancista (“A Canga”), poeta (“Trigal dos Corvos”, “História Universal da Angústia”), dramaturgo (“A Batalha de Oliveiros Contra o Gigante Ferrabrás”), pintor (dos painéis “Homenagem a Shakespeare” e “A Ceia”) e ator (do curta “A Canga” e de vários longas, entre eles, “Fogo Morto”, “Soledade” e “Lua Cambará”). Há, porém, um filme que marcou a história de Solha: “O Salário da Morte”, único longa ficcional de Linduarte Noronha (1930-2002).

O filme  - A trama de O Som ao Redor mostra uma rua de classe média de Recife que é tomada por uma milícia que decide fazer a segurança particular. Enquanto o fato traz tranquilidade para alguns moradores, se torna um grande tormento para outros.

Conhecido crítico de cinema de Pernambuco, Kleber estreou na direção de um longa-metragem com este filme, mas já acumulou críticas por curtas como Vinil Verde e Recife Frio. Um crítico do New York Times chegou a incluir O Som ao Redor entre os 10 melhores filmes do ano.

Mais de trinta países já decidiram qual será seu representante no evento, considerado o de maior visibilidade comercial. O Oscar acontece em 2 de março de 2014. Uma lista de pré-selecionados deve ser divulgada em dezembro, e os indicados em 16 de janeiro.

O Brasil ainda deve ter chances com Flores Raras, de Bruno Barreto, que não pôde ser indicado na categoria por ser falado em inglês a maior parte do tempo. Bruno acredita que o filme tenha chances de indicação para melhor atriz, com Miranda Otto ou Glória Pires.

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