Karoline Zilah
Arte: Fernanda Paiva/Paraíba1
Foto: Leonardo Silva/Jornal da Paraíba
O Paraíba1 teve acesso ao depoimento completo prestado pelo motorista Jobson Clemente Benício, de 23 anos, na quinta-feira (3), em Campina Grande. Sem dar declarações à imprensa, ele contou pela primeira vez à Polícia Civil sua versão sobre o acidente envolvendo o humorista paraibano Francisco Jozenilton Veloso, o Shaolin. A colisão aconteceu no dia 18 de janeiro na BR-230.
Shaolin continua internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas em São Paulo e seu estado de saúde é delicado. A esposa dele, Laudiceia Veloso, se pronunciou no Twitter:
A informação que os médicos sempre passaram e que nós tb passamos é a mesma: Está em coma, sim, mas estável e SEM piora.
O documento traz todos os detalhes sobre a versão de Jobson de que Shaolin teria sido responsável pelo acidente. No depoimento à delegada Ellen de Sousa Lima, ele disse que as acusações levantadas ao logo das investigações não seriam verdadeiras.
Colisão
Apesar dos laudos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) dizerem o contrário, o motorista negou que tenha invadido a contramão. Segundo ele, o veículo de Shaolin é que teria invadido a faixa contrária sem reduzir a velocidade. Jobson ainda disse que não teve tempo para desviar.
Socorro
Sobre a acusação de que ele não teria prestado socorro, o motorista disse que não conseguiu socorrer o outro condutor de imediato porque estava muito escuro. Ele falou também que seguiu a pé para o distrito de São José da Mata e chegou a bater em algumas portas de casas em busca de assistência, mas ninguém teria lhe ajudado. A decisão de ir embora do local do acidente teria sido tomada para preservar sua vida, uma vez que muitas pessoas já estavam lá.
Segundo Jobson, ele não sabia que a vítima do acidente era o humorista Shaolin. Ele só teria tomado conhecimento da identificação do ferido na manhã do dia seguinte, quando uma policial rodoviária federal entrou em contato com seus pais informando o ocorrido.
O condutor disse que se apresentou à PRF no dia 20, mas teria recebido orientações para só prestar depoimento no dia 22, ocasião em que a patrulheira Fernanda Macieira estaria de plantão e poderia recebê-lo.
Inquérito
A Polícia Civil tem 30 dias para finalizar as investigações sobre o caso, mas o prazo ainda pode ser prorrogado.
DO PARAIBA1
