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14 de mar. de 2011

CRM recebeu mais de 120 denúncias contra médicos de Campina Grande


As últimas denúncias apresentadas contra médicos de Campina Grande acusados de cobrança de taxas de pacientes para agilizar procedimentos custeados pelo Sistema Único de Saúde trouxe à tona a discussão da ética no exercício diário da Medicina. O problema é mais amplo do que todos imaginam. Informações do Conselho Regional de Medicina (CRM) dão conta que atualmente o Conselho conta com 127 processos abertos contra médicos de Campina Grande. Os procedimentos tratam de condutas ilegais exercidas por profissionais de diversas áreas.

O esquema de cobrança de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) é pior do que se imagina, conforme informou o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Sílvio Alves dos Santos. Ele enfatizou que centenas de médicos praticam irregularidades em Campina Grande em diversas áreas médicas, não ficando restrita apenas a ortopedia.

Sílvio classificou a ação dos médicos de "quadrilha" e não poupou críticas ao Conselho Regional de Medicina e as Secretarias de Saúde do estado e do município, os quais são omissos com os casos.

Ele acrescentou que o problema não envolve apenas o Hospital Regional e o Dom Pedro I, e o médico Godofredo Borborema. Segundo ele, com exceção de alguns profissionais, muitos são os médicos que em praticamente todas as unidades de saúde praticam irregularidades. "Eu entendo que o CRM é corporativista e por isso ninguém é punido. Acho que pior do que isso, é conivente. Eu já desafiei o CRM a me mostrar o nome de um médico que tivesse sido punido por cometer alguma irregularidade. Já vemos casos de criança que foi degolada e outra que morreu asfixiada com grão e ninguém é punido", afirmou.


Diário da Borborema