16 de abr. de 2011

Estiagem deixa 174 cidades da PB em situação de emergência


Passados quase quatro meses do início do ano, a Paraíba continua com a maior parte dos municípios em situação de emergência por conta da estiagem, mesmo com as recentes chuvas registradas nas regiões do Sertão, Agreste e Litoral.

De acordo com dados da Defesa Civil Estadual, atualmente das 223 cidades paraibanas 174 estão sob o vigor de decretos de emergência homologados pelo governo do Estado, a maior parte dos casos desde o ano passado. O objetivo maior dos decretos é facilitar o acesso a recursos federais e estaduais, no combate à seca.

Em alguns municípios, por exemplo, como é o caso de Esperança e Remígio, localizados no Brejo, o abastecimento foi interrompido há quase um mês e o acesso à água é precário, sobretudo nas zonas rurais. A escassez de água é provocada pelos baixos níveis da barragem Vaca Brava, que abastece os dois municípios. Além dessas duas cidades, municípios como Puxinanã, Alcantil, Santa Luzia, e Barra de São Miguel também decretaram situação de emergência desde o ano passado.

“Essas chuvas que a gente tem visto são pontuais e isoladas. Um exemplo é o caso do açude de Boqueirão, que está sangrando, mas tem 20 municípios próximos em situação de emergência por conta da estiagem”, observou o coordenador estadual da Defesa Civil na Paraíba, José Walber Rufino.

Com a situação de emergência decretada, a liberação de recursos para ações como a Operação Carro-Pipa e a construção de cisternas ocorre com maior facilidade. Ele também lembrou que “quando os gestores entram com o pedido e é homologado não há como voltar atrás, por um período de um ano. O que pode ocorrer é a renovação”, explicou José Rufino.

De acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), as chuvas nos municípios paraibanos registradas até agora estão entre acima da média e dentro da normalidade. “No Litoral e Agreste a gente percebe que o período chuvoso está iniciando agora, e as chuvas estão começando a ocorrer. No Sertão, as cidades já registraram bons índices”, avaliou a meteorologista, Carmem Becker.

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