“No curtíssimo prazo, a internet vai bombar.” A declaração é
do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em entrevista exclusiva em vídeo
para oiG.
Há um compromisso das operadoras de telefonia dentro do
Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) para que, a partir de 1º. de outubro, elas
ofereçam acesso a internet de 1 megabit por segundo (Mbps) a R$ 35 em centenas
de cidades, diz o ministro. “Isso vai abrir um crescimento extraordinário.”
O ministro destaca na entrevista o projeto do governo de
adotar gradualmente tablets nas escolas, em substituição aos livros didáticos,
e a previsão de licitar os celulares de quarta geração (4G) em breve, previstos
para funcionar na Copa de 2014.
Bernardo prevê, ainda, grande crescimento na oferta de TV
por assinatura e consequente queda de preço, depois que o mercado foi aberto
para as empresas de telefonia e provedores de internet, no mês passado. “O
consumidor vai ganhar.”
O ministro não evita comentar temas espinhosos que passam
pela sua pasta, como o debate no Congresso para elaboração de um marco
regulatório para a internet no Brasil e a regulação da mídia eletrônica – ambos
necessários, segundo Paulo Bernardo.
Com relação à greve nos Correios, estatal ligada ao
Ministério das Comunicações, o ministro diz que os trabalhadores e sindicatos
estão “completamente equivocados” e avalia que a empresa perde mercado para as
concorrentes privadas de logística.
Sobre impostos no setor de telecomunicações, o ministro
antecipa um pacote de desonerações que vai reduzir em cerca de 10% os
investimentos no setor e aponta a perspectiva de acordo com todos os Estados e
o Distrito Federal para isentar de ICMS a banda larga popular.
O ministro fala ao iG sobre as diferenças entre os perfis de
Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi ministro do Planejamento, e de Dilma
Rousseff, e comenta, ainda, a nomeação de sua esposa, a senadora Gleisi
Hoffmann (PT-PR), para a chefia da Casa Civil. “Detratores dizem que eu era
mandado em casa e agora sou mandado no governo, mas isso é uma calúnia.