1 de nov. de 2011

Lençóis apreendidos na Paraíba não têm nomes de hospitais, diz Agevisa

Hipótese de material ter sido importado dos EUA não foi descartada.

Vigilância Sanitária traça plano para evitar entrada de material contaminado.


A Agência de Vigilância Sanitária da Paraíba (Agevisa-PB) divulgou nesta terça-feira (1) que os lençóis apreendidos em uma feira livre no município de Umbuzeiro, no Agreste paraibano, não contêm inscrições ou iniciais de nomes de hospitais ou palavras em inglês, como os tecidos que foram encontrados no polo têxtil de Pernambuco.

Apesar disto, a hipótese do material ter sido importado ainda não foi descartada, conforme o gerente técnico do órgão em Campina Grande, Antônio Sérgio Lemos. Segundo ele, foram apreendidos 23 fronhas, nove lençóis com elástico, quatro lençóis sem elástico e uma toalha de rosto, todos com indícios de resíduos hospitalares e em condições de higiene consideradas 'péssimas'. "Alguns dos tecidos apresentavam manchas avermelhadas. Este material está sendo analisado em João Pessoa para que possamos identificar se há contaminação por sangue", informou Lemos.

A situação foi analisada durante uma reunião da Agevisa em Campina Grande com representantes da vigilância sanitária de municípios vizinhos e que ficam na divisa com Pernambuco, devido ao maior potencial de risco sanitário. O objetivo foi analisar, avaliar e definir ações estratégicas contra a venda irregular de tecidos com indícios de resíduo hospitalar.

"Estamos levando em consideração a importância de garantir a qualidade de vida dos usuários e adotando medidas que interfiram na entrada de qualquer tipo de material que possa causar danos à saúde da população”, disse.

Como conclusão da reunião, os representantes da vigilância sanitária dos municípios decidiram que irão traçar um plano de ações estratéficas para evitar a entrada de lençóis suspeitos de contaminação, além de conscientizar a população sobre os riscos da reutilização desse produto. Além das fiscalizações em feiras livres, o órgão fez contato com a Agevisa de Pernambuco e pediu reforço dos postos da Polícia Rodoviária Federal.

Para a diretora técnica de Estabelecimentos e Práticas de Saúde do Trabalhador da Agevisa, Fátima Carvalho, a contribuição da população é importante. "Se alguém suspeitar de algum material, pode nos acionar. As denúncias ajudam muito nas fiscalizações”, disse. Os telefones para contato são 150 (ligação gratuita) ou (83) 3218-5939 (João Pessoa) e (83) 3310-7115/ 7122 ou 8863-0456 (Campina Grande). O órgão também recebe informações pelo e-mail 
ouvidoria@agevisa.pb.gov.br.

DO G1PB