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21 de abr. de 2012

Por que elas não resistem ao charme do mulherengo?

Cadinho (Alexandre Borges) com Verônica
 (Deborah Bloch), uma de suas esposas: um
raro mulherengo que se compromete
Nas novelas eles são romantizados, mas na vida real a coisa muda. Se quiser compromisso, fuja desse tipo.


Divertido, charmoso e bem sucedido. Este é Cadinho, personagem interpretado pelo ator Alexandre Borges na novela "Avenida Brasil", da Rede Globo. A maior particularidade do personagem é o fato de ser casado com Verônica, mas também com Noêmia, e ter um relacionamento estável com Alexia – a única que sabe dessa confusão toda. Tem um filho com cada uma delas. Não abre mão de nenhum dos relacionamentos, mas não quer dividir suas mulheres com mais ninguém. É, sem dúvidas, um mulherengo.



Mulherengos são personagens constantes na ficção. O mais famoso deles, Don Juan, seduzia as mulheres com promessas de amor e casamento, mas na verdade estava interessado apenas na conquista e em obter sexo. Depois de conseguir o que queria, abandonava a vítima da vez sem explicações. Sua fama é tão grande que batizou um transtorno psicológico: o Donjuanismo. Homens com este perfil sentem necessidade de seduzir constantemente, mas depois da conquista não veem mais graça na “vítima” e partem para a próxima.
Cadinho (Alexandre Borges) beija a amante Alexia (Carolina Ferraz)


“Cadinho é uma exceção no universo dos sedutores. Em geral o mulherengo não se casa”, diz Cláudio Paixão, psicólogo clínico e professor da Universidade Federal de Minas Gerais. “Mais comum é o que se esforça em manter as mulheres próximas e interessadas, mas não quer compromisso”, completa. 


Um homem que resiste ao compromisso é visto pelas mulheres como um desafio. E é por isso que muitas não resistem ao charme do mulherengo, mesmo conscientes do passado dele. “As mulheres costumam ser muito competitivas. Ao se deparar com um tipo mulherengo, elas acreditam que não vão passar pelo que as outras passaram, que com elas a história pode ser diferente”, explica o psicólogo Thiago de Almeida, especializado nas dificuldades do relacionamento amoroso.


Para a decepção de muitas, dificilmente uma mulher consegue “consertar” um mulherengo. “Se envolver com esse tipo de homem é roubada. Pode ser bom para uma noite de prazer, uma aventura, mas não tenha expectativa de compromisso”, alerta Paixão. Se a vontade de mudar não partir dele, são poucas as chances de sucesso. Mas se o homem achar que vale a pena se comprometer, há salvação. “É preciso mudar a concepção do que é compromisso para este homem, além de trabalhar o medo da rejeição”, recomenda a psicóloga Milena Frankfurt.


IG