Paraíba: Agricultores aprendem como fazer cisterna de tela de alambrado
Mais um grupo de pedreiros e produtores rurais do Estado está recebendo instruções para a construção de cisternas de telas de alambrado, que são mais resistentes do que as tradicionais. A capacitação é feita pelo Projeto Cooperar e, dessa vez, beneficia cerca de 50 famílias de dez municípios. Os participantes serão agentes multiplicadores e vão repassar os conhecimentos adquiridos para outros produtores rurais da região.
Além de resistente, a cisterna de tela de alambrado é menos vulnerável à contaminação devido à própria estrutura. “Ela é totalmente externa, diferente da tradicional, que fica quase enterrada; por isso são mais seguras”, disse o gestor do Projeto Cooperar, Roberto Vital. Segundo ele, a ideia é agilizar as construções e garantir a segurança hídrica das comunidades beneficiadas o mais rápido possível.
Estão sendo treinados agricultores dos municípios Pedras de Fogo, Gurinhém, São José dos Ramos, Itapororoca, Curral de Cima, Dona Inês, Riachão, Cuité, Barra de Santa Rosa e Seridó. A capacitação acontece em Dona Inês até esta sexta-feira (6) e, além de técnicos do Projeto Cooperar, também participam produtores rurais já capacitados em São José dos Ramos, há duas semanas. “Os próprios participantes da primeira capacitação já estão repassando o que aprenderam para outros interessados”, comentou Roberto Vital.
Cada cisterna tem capacidade para 16 mil litros de água e recebe investimentos de R$ 2,6 mil do Governo do Estado para garantir a segurança hídrica no período de estiagem. Um dos capacitados é Antônio Alves de Almeida, para quem a cisterna é mais simples e fácil de construir. “O material é mais leve e o risco de contaminação é pequeno”, afirmou. Ele mora em Lagoa de Serra, comunidade de São José dos Ramos, trabalha como pedreiro, vive com a mulher, um filho e um neto. “Como pedreiro, eu já construí muitas cisternas do outro tipo (de placa), mas desta (de alambrado) é a primeira vez. Acho que esta tem tudo para ser mais bem aproveitada”, avaliou.
SECOM-PB