Pages - Menu

Pages - Menu

17 de mar. de 2014

Cássio acusa RC de massacrar as pessoas. RC cobra uma só obra do tucano. Vené critica os dois


Pelo tom do discurso, neste final de semana, em Campina Grande, o senador Cássio Cunha Lima já encontrou o mote do seu discurso para fazer o contraponto ao governador Ricardo Coutinho. Dirá que RC é desumano porque massacra e persegue as pessoas. Ricardo dirá que o tucano não tem uma obra sequer para apresentar aos paraibanos…

E Veneziano responsabilizará os dois, Cássio e Ricardo, pela situação em que se encontra a Paraíba, com escolas fechadas, caos na Saúde e um desastre na Segurança Pública. Esse, em resumo, é o que deverá marcar as eleições deste ano na Paraíba. Uma disputa que se vislumbra como uma das mais acirradas, exatamente por todas essas variantes.

Durante o aniversário de Dunga Júnior, em Campina, Cássio estava cercado pelo ex-prefeito Luciano Agra, o que projeta uma chapa majoritária com ele de vice, e também pelo senador Cícero Lucena, além da ex-secretária Roseana Meira, espécie de alter ego de Agra. Restaria em aberto a vaga ao Senado, que pode não ser Cícero, afinal. Fala-se em Wilson Santiago e Aguinaldo Ribeiro.

Em seu discurso, Cássio pronunciou, por várias vezes, palavras de ordem do tipo: “Prefiro ser querido, do que ser temido”. Até com rima. E afirmou que o governador tem o hábito de massacrar e pessoas as pessoas, por ser desumano. Disse ainda que Ricardo não aceita críticas, “não tolera críticas”. E assim deu o tom de seu discurso para a campanha que se avizinha.

Nos bastidores do grupo girassol, a informação que vazou, indicava que o governador fechou com o secretário Efraim Morais (Infraestrutura), indicando seu filho para vice de Ricardo. Caso se confirme, a chapa do governador está praticamente definida. O problema é a rebelião que existe na bancada. Os deputados estaduais não foram consultados e são contra.

Ricardo tem utilizado prepostos para cobrar uma só obra do Governo Cássio I e II. Um de seus secretários, Ricardo Barbosa (PAC e Suplan), por exemplo, chega a afirmar que “não há nem termo de comparação entre os governos de Ricardo e Cássio”. Alguns deputados, como Tião Gomes, já cobraram: “Me mostrem apenas uma obra do senador Cássio Cunha Lima. Uma só.” Portanto, esse é um sinal do que virá.

Na seara do PMDB, o assunto mais quente é a aliança com o PT já em primeiro turno, mas essa é uma operação que vai depender muito de como irão atuar os bombeiros na crise entre os peemedebistas e o Palácio do Planalto. Se o incêndio for debelado, o PT deverá compor com Veneziano. Indicando a vice, que pode Nadja Palitot, ou o candidato ao Senado, neste caso Lucélio Cartaxo.

E, neste caso, o discurso será mostrar que PMDB e PT representam a verdadeira oposição na Paraíba. Que o Governo RC foi desastroso e teve, durante quase quatro anos, o apoio do senador Cássio, que é encarado apenas como um dissidente, não como verdadeira oposição. Os dois serão responsabilizados então pela atual situação do Estado

Helder Moura