23 de mai. de 2013

Picuí e região: Operação apreende 717 kg de explosivos que poderiam ser usados em assaltos a bancos


Além das apreensões, foram fechadas três pedreiras; o trabalho das autoridades percorreu 23 cidades da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Durante entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (23) no 31º Batalhão de Infantaria Motorizada de Campina Grande, no bairro da Palmeira, as autoridades apresentaram o balanço da Operação Pedreira I, que investiga a procedência de explosivos que podem ter fabricação irregular e seriam utilizados na detonação de agências bancárias em assaltos.

De acordo com os dados divulgados à imprensa, foram apreendidos 717 kg de explosivos e fechadas três pedreiras que apresentavam várias irregularidades no funcionamento e na documentação.

Agora, será instaurado um inquérito que vai investigar se os explosivos apreendidos têm relação com as explosões registradas em assaltos a agências bancárias.

A Operação Pedreira foi revelada na última quarta-feira (22) e percorreu 14 cidades paraibanas e 7 municípios do Rio Grande do Norte.

Na Paraíba, as investigações passaram por Cajazeiras, Casserengue, Campina Grande, Gurinhém, Igaracy, João Pessoa, Junco do Seridó, Patos, Pedras de Fogo, Picuí, Pocinhos, Pombal, Santa Luzia e São José de Pinharas; no estado vizinho, o trabalho das autoridades se concentraram em Caicó, Carnaúba dos Dantas, Itajá, Ouro Branco, Parelhas, Santana do Seridó e São Tomé.

119 pessoas participaram dessa operação, entre membros do Exército, da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e prefeituras.

Durante a coletiva, também foi revelado que o mesmo trabalho investigativo vai continuar com a denominação de Operação Pedreira II, porém, a atuação será voltada apenas para cidades pernambucanas.

O caso

Uma mega operação envolvendo 19 equipes com integrantes do Exército Brasileiro, da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil, foi revelada na manhã dessa quarta-feira (22), nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte para coibir a venda clandestina de explosivos nos dois estados.

Na madrugada dessa quarta, uma agência bancária de Juazerinho e um posto de atendimento do Banco do Brasil no bairro do Bessa, na capital paraibana, foram explodidos.

A nota oficial do exército confirmou que, no caso das explosões ao caixa eletrônico do Banco do Brasil, no Bairro do Bessa em João Pessoa, e agência bancária na cidade de Juazeirinho, ocorridas na madrugada dessa quarta, foi verificada a existência de vestígios que possibilitem rastrear a origem dos explosivos empregados nos crimes.

Denominada 'Operação Pedreira I', a ação, de acordo com assessoria de imprensa do Exército Brasileiro, ocorreu em empresas autorizadas para o comércio de fogos e correlatos.

As equipes vistoriaram as regiões de garimpo do Seridó Paraibano e no interior do Rio Grande do Norte. As autoridades policiais investigaram a origem dos explosivos empregados nas ações criminosas contra agências bancárias.

Segundo a nota do exército, a Secretaria de Segurança Pública da Paraíba disponibilizou grande efetivo na ação policial.

A operação envolve 11 organizações militares, que compõem a Rede Regional de Fiscalização de Produtos Controlados.

Na cidade de Juazeirinho, agência do Banco Brasil foi explodida por volta das 3h. Dois homens teriam chegado ao local, observado o movimento e avisado a outros bandidos o melhor momento para o ataque. Eles teriam usado bananas de dinamite na explosão. Na fuga, eles efetuaram tiros para o alto.

A Polícia Militar foi acionada e compareceu cerca de 30 minutos depois, conforme informaram os moradores.

Juazeirinho fica na região do Seridó paraibano, a 209 quilômetros de João Pessoa, capital do Estado, e a 84 quilômetros de Campina Grande, que é a segunda maior cidade da Paraíba. Segundo o IBGE, a população do município de Juazeirinho é pouco mais de 17 mil habitantes.

Em João Pessoa, o crime ocorreu no posto de atendimento localizado no Bessa Shopping, por volta das 2h00 desta quarta. Os moradores do bairro da orla marítima da capital foram acordados com o barulho da explosão. Cinco homens teriam chegado ao local em um veículo da marca Corola, de cor prata, e montaram a carga de explosivos. Com o estouro, a estrutura do local ficou comprometida. Os bandiddos fugiram e deixam cédulas espalhadas pelo chão.

Nos dois crimes, ninguém foi preso.

Segundo levantamento feito pelo Sindicato dos Estabelecimentos Bancários na Paraíba, só em 2013 já são 58 ações criminosas registradas nas agências do estado; dentre elas, 17 explosões, 18 arrombamentos, nove assaltos, 11 tentativas de assaltos, arrombamentos ou explosões e três denominadas como “saidinha de banco”.

No dia 1º de maio deste ano, terminais eletrônicos de duas agências do Banco do Brasil e um caixa do Bradesco foram explodidos na madrugada em três cidades no interior do Rio Grande do Norte (RN). Segundo a Polícia Militar, os ataques aconteceram simultaneamente, por volta das 2h, nas cidades de Angicos e Afonso Bezerra, na região central daquele Estado, e Almino Afonso, no Oeste potiguar.

Portal Correio