17 de ago. de 2013

Mais de 24 horas após morte de policial militar, 'Fernandinho' segue foragido da polícia em JP

Suspeitos de matar PM em João Pessoa podem ter planejado crime com diálogo no Facebook, um dia antes do suposto assalto

Mais de 24 horas após a morte do policial militar Ozimar Oliveira, a polícia paraibana segue mobilizada na caçada a Fernando Henrique Falcão de Araújo, 23 anos. Ele já tem passagem pela polícia e foi detido anteriormente.

'Fernandinho' é apontado como o quarto envolvido na morte do policial militar, assassinado na tarde desta quinta-feira (15) dentro de uma imobiliária. Outros três suspeitos já estão detidos. Fernando Henrique, teria participação direta no crime.

Dois dos três presos que confessaram participação na morte do policial militar Ozimar  utilizaram seus perfis na rede social Facebook, poucas horas antes do crime. Para a polícia, as postagens revelaram indícios de que estariam planejando um ato criminoso. “Ele gosta de caçar, vamos ver se ele gosta de ser a caça”, postou um dos asuspeitos em seu perfil na rede social.

Josimar Guilherme da Silva Júnior, Gilberson Souto da Silva “Cowboy” e Yang Stéfany Brandão foram presos no final da tarde desta quinta-feira (15), sob suspeita de matar o policial militar e corretor Ozimar Oliveira, por volta das 14h. O crime ocorreu na imobiliária onde a vítima trabalhava no bairro José Américo, zona Sul de João Pessoa. O trio suspeito foi preso poucas horas depois.

De acordo com as investigações acompanhadas pelo superintendente da Polícia Civil, Wagner Dorta, logo após o homicídio, por volta das 15h, um dos suspeitos foi à Central de Polícia, no bairro do Varadouro, prestar queixa do furto do seu veículo.

“Estranhamos a versão dada por Josimar, que também é corretor de imóveis. Ele informou que o carro tinha sido roubado por dois homens em uma motocicleta. Após passar por vários questionamentos, ele entrou em contradição e não demorou muito para trazer o advogado e confirmar a participação na ação criminosa, delatando os demais”.

Em depoimento, o trio confirmou que havia se dirigido à imobiliária para assaltar, no entanto, quando percebeu que a vítima estava armada, o “Cowboy” atirou três vezes, acertando a Ozimar uma vez na cabeça e duas no peito. O diálogo no Facebook pode ser uma prova de que a intenção real era mesmo de matar Ozimar e teria havido apenas uma simulação de assalto.

Após a invasão a imobiliária, os suspeitos fugiram em um veículo de cor preta, sem levar nenhum dos objetos do policial assassinado.

Ozimar ainda foi socorrido ao Hospital Ortotrauma de Mangabeira (Trauminha), mas não resistiu à gravidade dos ferimentos. O PM trabalhava como corretor de imóveis e prestava serviço na Guarda do Palácio do Governo do Estado.

Correio