Organização do evento espera que 16 mil pessoas visitem a quinta-feira Feira do Empreendedor (Foto: Jorge Machado/ G1 PB) |
A expectativa da organização é de que passem pelo evento 16
mil pessoas.
Um livro com 13 tendências de mercado é uma das novidades.
A Feira do Empreendedor que teve início na quarta-feira (19)
e vai até domingo (22), em João Pessoa, é uma oportunidade de troca de ideias e
de geração de negócios. Uma das novidades da quinta edição do evento é o
lançamento de um flipbook (livro digital) com as 13 tendências de negócio que,
segundo a coordenadora do evento, Nelijane Ricarte, têm tudo para dar certo. De
acordo com ela, a expectativa é de que 16 mil pessoas passem pelo evento.
Durante os quatro dias de realização da Feira do
Empreendedor, serão ministradas mais de cem palestras e 60 oficinas. “É uma
oportunidade de o empreendedor paraibano ver ideias inéditas ou ideias que
estão dando certo, o que é melhor”, disse Nelijane Ricarte, que destacou ainda
o que chamou de satisfatória sobrevivência dos negócios paraibanos após a
feira.
O forte da feira nesta edição é apostar em inovação e
sustentabilidade. “Sustentabilidade não apenas no sentido ecológico, mas no
sentido empresarial e até social. Sem esse conceito, o empreendedorismo não tem
a fortaleza que deve ter”, explicou Ricarte.
Os potenciais empreendedores, os micro e pequenos
empresários e os empreendedores individuais são o público-alvo do evento. De
acordo com dados da Receita Federal, a Paraíba tem 112 mil micro e pequenas
empresas e empreendedores individuais. “Por isso, a importância desse público
se capacitar, receber orientações úteis para a gestação de seus negócios”,
explicou Ricarte.
Flipbook
O livro, em formato digital, mostra as cem oportunidades de
negócios inovadores e sustentáveis da Paraíba. Por exemplo, já pensou em criar
um negócio de plano particular para saúde animal? Ou um negócio de serviços
funerários e de sepultamento para animais? Mas as ideias que já estão sendo
postas em prática ou que ainda vão ser não param por aí.
Para a Copa do Mundo de 2014, também não faltam ideias. De
olho no mundial de futebol, o Sebrae elenca algumas ideias. Por exemplo, já
pensou em montar uma loja virtual de tickets para eventos e atrações culturais?
Ou montar uma empresa de receptivo e transporte para os jogos?
As 13 tendências de negócios que têm espaço para serem
exploradas, de acordo com o Sebrae, são: pet, crianças, econegócios, saúde,
moda, terceira idade, educação, qualidade de vida, beleza e bem-estar, mundo
digital, Copa do Mundo de 2014, alimentação e oportunidades mistas.
Histórias que deram certo
Norma repassa o que aprendeu para futuros microempreendedores (Foto: Jorge Machado/ G1) |
Norma Melo, microempresária, se considera autodidata.
“Aprendi a fabricar embalagens para presentes sozinha”, conta com orgulho
expresso nos olhos.
Há 18 anos, montou a própria empresa. Segundo ela, pioneira
em João Pessoa. Hoje, faz questão de ministrar uma oficina para a confecção de
embalagens para presentes confeccionadas com papel duplex.
Se ela ensina a fazer as embalagens, o segredo do sucesso
não faz questão de esconder. “As vacas gordas para esse tipo de
empreendedorismo ocorrem apenas de maneira sazonal: Dias dos Namorados, Dia das
Mães, dos Pais. Para que o negócio dê certo, é preciso saber administrar, fazer
uma boa gestão”, contou.
Para uma boa gestão, dona Norma explica que não se resume
apenas à parte financeira. “É necessário ter atendimento, preço e inovação”.
Depois de ver ideia concretizada, Chico Neto espera ainda mais sucesso (Foto: Jorge Machado/ G1) |
A estudante Marlécia Barreto, de 19 anos, trabalha numa
empresa de embalagens. Participar da oficina ministrada por dona Norma é uma
oportunidade. “Oportunidade de lá, na empresa, eu mostrar inovação, trazer algo
diferenciado à minha atividade”, disse.
Outra história de sucesso é a de Chico Neto. O
microempreendedor, há um ano, começou a fazer móveis apenas por hobby. Os
amigos começaram a comprar. O que acabou sendo o entusiasmo que faltava para
ele deixar um emprego de 12 anos.
“Mesmo fazendo um móvel a cada dois dias, de forma bem
artesanal, consigo sobreviver muito bem. Participar de um evento como esse é
uma oportunidade de ampliar a minha rede de negócios”, afirmou.
Do G1 PB