No decorrer desta semana muito se falou sobre o aumento da violência em João Pessoa. Pesquisa divulgada pela imprensa aponta a nossa Capital como a quarta mais violenta do país, estatística triste que nos envergonha e preocupa.
O mote, lançado assim, foi um presente de natal para alguns políticos apressados em tirar proveito da novidade.
O deputado Luciano Cartaxo, sempre vigilante e atuante, não perdeu a oportunidade e meteu a lenha no lombo do governador Ricardo Coutinho, culpando-o pelo aumento da violência e cobrando dele aquele choque de gestão através do qual Ricardo prometia zerar a ocorrência de crimes na Paraíba.
Muito louvável a atitude do deputado, mas tem um porém, sempre tem um porém: a pesquisa se referia a índices de violência registrados no Estado da Paraíba entre os anos 2009 e 2010.
Nesse período, como deve estar bem lembrado o amigo leitor, Ricardo Coutinho ainda era prefeito de João Pessoa. O governador era Zé Maranhão e o vice, pasmem, era Luciano Cartaxo.
Ou seja, na ânsia de criticar por criticar, Luciano acabou atirando no próprio pé .
Claro que a violência hoje em João Pessoa está nas alturas. Todo fim de semana morre gente. Nossa juventude está acabando. Os bandidos da moto preta continuam matando em plena via pública e a polícia só faz registrar o óbito.
Mas em 2009 e 2010, quando a cidade de João Pessoa era a quarta mais violenta do país, o vice Luciano Cartaxo não fez nada para botar ordem na casa. Nem ele nem seu governador. Ambos ficaram assistindo de camarote. E agora vem Luciano querer tapear a gente. Isso é certo? É não. É hipocrisia, oportunismo, coisa de político que quer faturar na mídia para fazer média e ganhar votos. Afinal, Luciano é candidato a prefeito de João Pessoa. Pelo menos quer ser, já que uma banda do PT defende o apoio a Agra para continuar mamando nas tetas da Prefeitura.
Que Luciano aprenda, como aprendeu Luizinho de Calu ao escutar esse belo poema rimado: “Pra tudo precisa jeito/pra lavar roupa também/ se o dia não faz sol/ a roupa não quara bem/ quando o cabra ta sem sorte/ dá um peido, a merda vem”.
Blog do Tião Lucena