O parlamentar disse ainda que se forem investigados, esses valores chegam a cifras absurdas e que impressionam. Quando indagado pela reportagem do PB Agora quais eram esses números, Vitoriano não titubeou e afirmou que recebeu do deputado Márcio Roberto (PMDB) a informação de que essas cifras giravam em torno de R$ 20 a R$ 30 mil junto a vereadores e na casa dos R$ 300 a R$ 400 mil quando a negociação era com os prefeitos.
“O deputado Marcio Roberto me disse há poucos dias que por onde ele passou ninguém fecha com um prefeito se não for na casa dos R$ 300 a R$ 400 mil para começar a trabalhar numa cidade de 1500 votos, essas foram as palavras dele, no entanto, eu não sei se foi alguém que viu e disse para ele, só sei que essa negociação existe e ninguém pode negar ou desconhecer”, detonou.
Já no que diz respeito aos valores cobrados por vereadores para apoiar desconhecidos, esse valor beira R$ 30 mil. “São pessoas que nunca se ouviu falar o nome, que não tem serviço prestado e às vezes até moravam fora e de repente ganham o apoio de prefeitos e vereadores, alguma coisa estranha há”, lamentou.
Vitoriano de Abreu ainda fez um relato, em que presenciou a ascensão eleitoral de um desconhecido nas urnas: “Na ultima eleição, o meu colega Américo tomou uma cidade da gente vizinha, em Uiraúna e nunca ninguém tinha ouvido falar no nome de Américo, milagre não foi e isso dá pra se perceber que acontece com bastante frequência”, alfinetou.
Instigado a falar sobre o assunto, o veterano João Gonçalves (PSD) disse que a justiça deveria punir não só quem vende, mas também quem compram esses apoios.
“Em Itabaiana, por exemplo, dona Dida deu três mil e poucos votos a um candidato que ela apoiou, André Gadelha também esteve por lá e depois tchau, quando tem uma enchente no local nenhum desses políticos aparece, quem tava lá era João Gonçalves de 3h da manhã e continuou brigando para que a cidade fosse reconstruída”, disse.
Henrique Lima/ Márcia Dias
PB Agora