26 de out. de 2013

Pessoense poderá contemplar eclipse solar na Estação Cabo Branco

Para quem gosta de observar fenômenos naturais no céu, à oportunidade é acompanhar o último eclipse do ano, que acontece no domingo (3), no Terraço da Torre Mirante da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano. É lá onde serão posicionados os telescópios e lunetas para o público, que também poderá contar com a assessoria do astrônomo Marcos Jerônimo. A casa, que normalmente abre às 10h nos fins de semana, excepcionalmente antecipará a sua abertura para 8h devido ao início do fenômeno, por volta das 7h53, atingindo o apogeu de visibilidade às 9h (caso o tempo esteja encoberto, a visualização ficará impossibilitada).

Um eclipse solar ocorre quando a Lua se coloca na órbita entre a Terra e o Sol, bloqueando a luz solar e, consequentemente, projetando uma sombra na Terra. Este último eclipse será híbrido, que é classificado assim quando o Sol é visto totalmente coberto em alguns lugares e com uma formação anular em outros, dependendo da variação da sombra da Lua projetada sobre a Terra.

“Este eclipse solar será visto em parte das Américas do Norte e Central, na região Norte da América do Sul (em estados do Norte e Nordeste do Brasil) e em partes da Europa e África”, informa Marcos Jerônimo. “Em João Pessoa o Sol será coberto em 25% de sua área visível”, acrescenta. Para evitar danos à vista, é aconselhável a utilização de filtros especiais com proteção UV, sem jamais ter de recorrer a filtros improvisados ou recursos como chapas de raio X.

O ano de 2013 foi marcado por cinco eclipses: três lunares e dois solares. O primeiro foi um eclipse parcial da Lua, em 25 de abril, que foi visível na América do Sul, exceto extremo Oeste, Europa, Ásia, África, Austrália, Antártica, parte Leste do Oceano Atlântico, Oceano Índico e parte Oeste do Oceano Pacífico.

O segundo foi um eclipse anular do Sol, em 10 de maio, visto na Oceania, ilhas do Havaí e parte Sul do Oceano Pacífico. Um eclipse anular do Sol ocorre quando a Lua não cobre totalmente o Sol, deixando um anel visível ao seu redor.

O terceiro foi um eclipse penumbral da Lua, em 25 de maio, visível na América do Norte, América do Sul, parte Oeste da Europa, Oeste da África, Antártica, parte Sul do Pacífico e Oceano Atlântico. Um eclipse penumbral da Lua ocorre quando o satélite entra na região da penumbra da sombra da Terra, ou seja, ela não fica totalmente escura. O quarto foi um eclipse penumbral da Lua, em 18 de outubro, visível na América do Norte, América do Sul, Antártica, Europa, Ásia, Ártico, parte sudeste do Pacífico, Atlântico e Índico. Quem vive no Brasil, mais uma vez, pôde acompanhar esse evento.

O próximo eclipse do Sol (do tipo anular) só será visível em João Pessoa em 14 de outubro de 2023, também observável em vários estados vizinhos e do Norte.

Marcos Jerônimo – Geógrafo formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), é astrônomo amador há 42 anos e também diretor técnico e científico da Associação Paraibana de Astronomia (APA). Tem especialização em Direito Ambiental (ex-Faculdade Francisco Mascarenhas, atual FIP) e em Ensino da Astronomia (Universidade Cruzeiro do Sul – SP).

MaisPB com Secom PB