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A secretária da Educação de Campina Grande, que eu não conheço pessoalmente, mas que me dizem ser uma mulher competente, ou mesmo a secretária da Cultura, a ex-reitora da UEPB Marlene Alves, cujo alto gabarito na gestão da coisa pública já foi devidamente testado e aprovado, são damas de muita sorte.
E bote sorte nisso!
Marcos Maivado Marinho |
Não sei - e penso que também uma coisa nada a tenha a ver com outra - se aquela esculhambação que aconteceu na avenida Floriano Peixoto, ao lado do respeitável colégio da Imaculada Conceição (Damas), na frente do palanque onde as maiores autoridades de Campina Grande, vestidas nos seus bem engomados trajes de gala, honravam a Independência do Brasil, se insira no que a cidade desde janeiro passou a entender como “inovação”, marca do Governo Romero Rodrigues.
Penso que não e penso ainda mais: que as duas auxiliares fizeram Romero de palhaço. O que eu vi, e o You Tube já espalha para o mundo, merece repúdio e um ato de reparo urgente do prefeito, sem o que todos nós iremos entender que ele não somente aprovou o escárnio como teve medo de castigar ou ao menos de repreender as subordinadas.
Refiro-me ao despudor com que se portou no ambiente público a Fanfarra Ypuarana, de Lagoa Seca, convidada a desfilar (sic!!!) no Sete de Setembro de Campina Grande abrindo alas para o colégio Nova Visão. Alas, sim, porque o que fez foi um carnaval. Dos piores, diga-se sem pestanejos.
O remelexo das mocinhas vindas do Brejo, abanando seus traseirinhos em formação para o lado das autoridades e do público que foi ver a parada, manchou para séculos sem fins a história de Campina Grande e o dia do civismo nacional. Ao que se permite especular que no andar dessa atabalhoada carruagem, poderemos vir a ter em nome da inovação sugerida pela atual gestão municipal sessões até mesmo de strip-tease em outros Setes de Setembros. Ou, Deus nos livre, guarde e governe, na parada que está mais perto de acontecer - a de 11 de outubro, Dia da Cidade.
Ainda bem que as duas honradas damas que auxiliam Romero em setores tão importantes na vida municipal campinense não me verão prefeito desta urbe nem tão cedo. Ou nunca verão, para ficarmos com o Português mais correto. Tô fora, exatamente para não me envergonhar na condição de autoridade e, em sendo-a, mostrar-me impotente para repudiar o nojo.
Lá na Roma dos Césares ao Imperador bastava um sinal com a mão para que, na arena, as portas se abrissem dando caminhos a famintos leões para o castigo àqueles que envergonharam ou maltrataram os costumes do Império ou as orientações de Suas Nobrezas.
Aqui na Cidade da Inovação o prefeito assistiu calado ao mau gosto e, penso eu ainda, envergonhado. Poderia ter feito como Rômulo, o nosso gorducho vice-governador que ensaiou uma bilola cívica no palanque do Sete de Setembro de João Pessoa quando a tropa militar passava à sua frente com cara de insatisfação.
E cá comigo: Romero Rodrigues, que emocionou-se n’outras partes da parada lembrando seus dias de infância pobre em Galante, quando de calças curtas e camisa sambada era levado pela mãe para aplaudir as balisas e as Sá Zefinhas da vida, não merecia ter passado por isso.
Vejam o vídeo:
Aguardo carta. Eu e toda Campina Grande!