Médicos e especialistas explicam quais são as variáveis envolvidas para determinar o sexo na hora da concepção
Antes de engravidar, os casais costumam dizer que o sexo do bebê não importa e ele será amado de qualquer jeito. Mas, no fundo, provavelmente existe uma vontade de encher o quarto de roupinhas cor-de-rosa ou ter um companheiro para torcer pelo mesmo time. A escolha do sexo por meios científicos é proibida, a não ser que aconteça para prevenir doenças relacionadas ao cromossomo X ou Y. Mas segundo o ginecologista e obstetra José Bento de Souza, existem algumas técnicas naturais.
Especialista em reprodução humana e autor de “Engravidar: Sim, É Possível” (Editora Alaúde), José Bento explica que o espermatozoide masculino é “mais leve” e o feminino, mais “gordinho”.
Consequentemente, “eles” correm mais que “elas”. No entanto, o feminino é mais resistente, e sobrevive por mais tempo no útero da futura mãe. “Assim, há mais chances de nascer uma menina se a relação sexual acontecer dois dias antes da ovulação. Se acontecer no dia da ovulação, as chances pendem para um menino”, diz.
Ambiente feminino
De acordo com a bioquímica Carolina Ynterian, especialista em biologia molecular, o primeiro a levantar esta relação foi o médico e pesquisador norte-americano Landrum Shettles, autor do livro “Como Escolher o Sexo de seu Bebê” (Editora Larousse). O especialista concluiu, baseado nas características dos espermatozoides de cromossomo Y (menino) e X (menina), que a premissa tem aproximadamente 75% de chances de dar certo. Para Carolina, os outros 25% serão determinados pelo ambiente em que a fertilização ocorre: dentro da mulher.
“O ambiente pode ser mais ácido ou mais básico em níveis de pH, dando mais oportunidade para um ou outro sexo”, explica. Se o ambiente for mais ácido, os menos resistentes – ou seja, os meninos – morrerão com mais facilidade. Se for menos ácido, eles têm mais chances de vencer a corrida.
Além disso, cada homem pode ter mais espermatozoides de cromossomo Y do que X, ou vice-versa, o que pode diminuir as chances da “encomenda” dar certo.
Especialista em reprodução humana e autor de “Engravidar: Sim, É Possível” (Editora Alaúde), José Bento explica que o espermatozoide masculino é “mais leve” e o feminino, mais “gordinho”.
Consequentemente, “eles” correm mais que “elas”. No entanto, o feminino é mais resistente, e sobrevive por mais tempo no útero da futura mãe. “Assim, há mais chances de nascer uma menina se a relação sexual acontecer dois dias antes da ovulação. Se acontecer no dia da ovulação, as chances pendem para um menino”, diz.
Ambiente feminino
De acordo com a bioquímica Carolina Ynterian, especialista em biologia molecular, o primeiro a levantar esta relação foi o médico e pesquisador norte-americano Landrum Shettles, autor do livro “Como Escolher o Sexo de seu Bebê” (Editora Larousse). O especialista concluiu, baseado nas características dos espermatozoides de cromossomo Y (menino) e X (menina), que a premissa tem aproximadamente 75% de chances de dar certo. Para Carolina, os outros 25% serão determinados pelo ambiente em que a fertilização ocorre: dentro da mulher.
“O ambiente pode ser mais ácido ou mais básico em níveis de pH, dando mais oportunidade para um ou outro sexo”, explica. Se o ambiente for mais ácido, os menos resistentes – ou seja, os meninos – morrerão com mais facilidade. Se for menos ácido, eles têm mais chances de vencer a corrida.
Além disso, cada homem pode ter mais espermatozoides de cromossomo Y do que X, ou vice-versa, o que pode diminuir as chances da “encomenda” dar certo.
Será que funciona mesmo?
Para esta técnica natural ter mais chances de funcionar, uma coisa é essencial: saber o dia exato da ovulação. De acordo com o ginecologista e obstetra Newton Busso, da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), isso torna quase impossível a manipulação das chances de ter menino ou menina. “Existem conceitos difíceis de serem colocados em prática, já que o momento da ovulação é, na maior parte das vezes, imprevisível”, diz. “Ela ocorre com uma margem de um ou dois dias para a frente e para trás, é o suficiente para o método não funcionar”, completa.
O ginecologista e obstetra Eduardo Sérgio Borges da Fonseca, presidente da Comissão de Medicina Fetal da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), diz existirem poucas evidências científicas capazes de comprovar o método. “A mulher sabe precisar o período fértil dela. Mas, com uma variação, fica impossível determinar o sexo naturalmente”, diz.
Para Carolina Ynterian, no entanto, se a mulher conhecer bem o próprio corpo e for metódica no que diz respeito às tentativas de gravidez, as chances podem sim aumentar para o lado de conceber um menino ou uma menina. Basta seguir algumas dicas.
O que pode ajudar para a escolha?
Tirar a temperatura basal do corpo logo ao abrir os olhos pela manhã, por exemplo, pode colaborar. “No dia exato da ovulação, a temperatura do corpo aumenta de 0,5 a um grau”, diz. Assim, se a mulher usar um termômetro todo dia de manhã ao despertar, antes mesmo de sair da cama, pode ser capaz de determinar o dia da ovulação. É preciso ter uma referência dos três meses anteriores, no mínimo. “Ter muito autoconhecimento é fundamental”.
A mulher também pode reconhecer a ovulação por uma leve cólica. “Não é a mesma cólica da menstruação, é um pequeno incômodo que acontece todo mês. Se ela souber se observar, poderá dizer o dia correto da ovulação”, diz a bioquímica.
Para José Bento de Souza, a forma mais precisa de saber mais sobre o momento certo da ovulação é acompanhar o ciclo por ultrassom, com o médico.
No dia da relação sexual, é possível também alterar o pH da região com uma ducha vaginal usando uma colher de vinagre ou uma colher de bicarbonato para um litro de água, de acordo com a intenção. “O vinagre deixa o ambiente mais ácido e facilita para os espermatozoides femininos. O bicarbonato faz o oposto”.
O especialista dá outras dicas para aumentar a possibilidade de acertar na “encomenda”. Segundo ele, se o pênis ficar encostado no colo do útero na hora da relação sexual, as chances de ser menino aumentam. Se não ficar tão perto, as meninas ganham mais chances.
Outro fator de influência é o orgasmo. “Quando a mulher tem um orgasmo, libera uma secreção alcalina que facilita a entrada dos espermatozoides masculinos”. Portanto, se ela tiver o orgasmo antes da ejaculação masculina, os meninos ganham maiores possibilidades. Se o orgasmo feminino ocorrer depois, os espermatozoides femininos saem na frente.
Margem de erro
Segundo Carolina, os testes de fertilidade vendidos em farmácia ajudam a medir os níveis de LH (hormônio que sinaliza o período de ovulação) e determinar se a mulher está ou não ovulando. Para José Bento, eles podem ajudar, mas não com tanta precisão quanto um ultrassom.
Mesmo acertando todas as variáveis do método natural, ainda há 25% de margem de erro. Por isso, o importante mesmo é querer um filho – independentemente do sexo.
Para esta técnica natural ter mais chances de funcionar, uma coisa é essencial: saber o dia exato da ovulação. De acordo com o ginecologista e obstetra Newton Busso, da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), isso torna quase impossível a manipulação das chances de ter menino ou menina. “Existem conceitos difíceis de serem colocados em prática, já que o momento da ovulação é, na maior parte das vezes, imprevisível”, diz. “Ela ocorre com uma margem de um ou dois dias para a frente e para trás, é o suficiente para o método não funcionar”, completa.
O ginecologista e obstetra Eduardo Sérgio Borges da Fonseca, presidente da Comissão de Medicina Fetal da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), diz existirem poucas evidências científicas capazes de comprovar o método. “A mulher sabe precisar o período fértil dela. Mas, com uma variação, fica impossível determinar o sexo naturalmente”, diz.
Para Carolina Ynterian, no entanto, se a mulher conhecer bem o próprio corpo e for metódica no que diz respeito às tentativas de gravidez, as chances podem sim aumentar para o lado de conceber um menino ou uma menina. Basta seguir algumas dicas.
O que pode ajudar para a escolha?
Tirar a temperatura basal do corpo logo ao abrir os olhos pela manhã, por exemplo, pode colaborar. “No dia exato da ovulação, a temperatura do corpo aumenta de 0,5 a um grau”, diz. Assim, se a mulher usar um termômetro todo dia de manhã ao despertar, antes mesmo de sair da cama, pode ser capaz de determinar o dia da ovulação. É preciso ter uma referência dos três meses anteriores, no mínimo. “Ter muito autoconhecimento é fundamental”.
A mulher também pode reconhecer a ovulação por uma leve cólica. “Não é a mesma cólica da menstruação, é um pequeno incômodo que acontece todo mês. Se ela souber se observar, poderá dizer o dia correto da ovulação”, diz a bioquímica.
Para José Bento de Souza, a forma mais precisa de saber mais sobre o momento certo da ovulação é acompanhar o ciclo por ultrassom, com o médico.
No dia da relação sexual, é possível também alterar o pH da região com uma ducha vaginal usando uma colher de vinagre ou uma colher de bicarbonato para um litro de água, de acordo com a intenção. “O vinagre deixa o ambiente mais ácido e facilita para os espermatozoides femininos. O bicarbonato faz o oposto”.
O especialista dá outras dicas para aumentar a possibilidade de acertar na “encomenda”. Segundo ele, se o pênis ficar encostado no colo do útero na hora da relação sexual, as chances de ser menino aumentam. Se não ficar tão perto, as meninas ganham mais chances.
Outro fator de influência é o orgasmo. “Quando a mulher tem um orgasmo, libera uma secreção alcalina que facilita a entrada dos espermatozoides masculinos”. Portanto, se ela tiver o orgasmo antes da ejaculação masculina, os meninos ganham maiores possibilidades. Se o orgasmo feminino ocorrer depois, os espermatozoides femininos saem na frente.
Margem de erro
Segundo Carolina, os testes de fertilidade vendidos em farmácia ajudam a medir os níveis de LH (hormônio que sinaliza o período de ovulação) e determinar se a mulher está ou não ovulando. Para José Bento, eles podem ajudar, mas não com tanta precisão quanto um ultrassom.
Mesmo acertando todas as variáveis do método natural, ainda há 25% de margem de erro. Por isso, o importante mesmo é querer um filho – independentemente do sexo.
IG MULHER