Bruno confessa: Macarrão matou Eliza e deu prus cachorros comerem
Durante interrogatório ao Tribunal do Júri de Contagem, o goleiro Bruno Fernandes disse que Luiz Henrique Romão, o Macarrão, a quem ele culpou pela morte de Eliza Samudio, lhe confidenciou que o homem contratado para matar a modelo foi Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.
Segundo Bruno, depois que o desaparecimento de Eliza veio à tona, Macarrão confirmou os acontecimentos envolveram a morte da modelo. "Depois dos fatos, Macarrão me contou que havia contratado o Marcos Aparecido, o "Neném", e ele aceitou", disse Bruno.
Bruno afirmou que ficou sabendo "através da imprensa" que era Bola e que ele "tinha vários apelidos".
Em seu depoimento, Bruno culpou Macarrão pela morte de Eliza e que, logo após o crime, foi Jorge Luiz Rosa quem lhe contou como Eliza foi morta. "Jorge falou comigo que o Macarrão foi até próximo ao estádio Mineirão, foi ao orelhão, e falou com uma pessoa que não sabe quem era."
Em novembro, Macarrão, 27, ,amigo de infância e ex-braço-direito do goleiro Bruno Souza, foi condenado pelo Tribunal do Júri de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), a 15 anos pelo sequestro, cárcere privado e morte da modelo Eliza Samudio, ex-amante do atleta, além do sequestro e cárcere de seu filho Bruninho. Ele foi inocentado da acusação de ocultação do cadáver.
Bruno disse que Jorge e Macarrão começaram a seguir um homem em uma moto até a cidade de Vespasiano (MG). O goleiro descreveu como Eliza teria sido morta, mas não citou quem seria o autor do homicídio.
"O Macarrão chutou as pernas da Eliza. Isso foi o que o Jorge me falou. Ele ainda me falou que a pessoa esquartejou o corpo dela e tinha dado para os cachorros comerem", afirmou o goleiro.
De acordo com a versão de Bruno, a morte de Eliza ocorreu na sexta-feira, 11 de junho de 2010 ---a polícia diz que Eliza morreu em 10 de junho.
Bruno, chorando muito durante o depoimento, afirmou que Eliza lhe disse que "iria para um ponto de táxi" porque tinha de ir para a capital paulista. "Ela disse que precisava de dinheiro para resolver problemas pessoais em São Paulo. Até então eu acreditava que seria aquilo ali."