22 de jun. de 2012

CRÔNICA: POR QUE IREI A BANANEIRAS


Fernando Vasconcelos

No São João passado escrevi uma crônica (“Fui a Bananeiras”) realçando que há muitos anos não frequentava a cidade de Bananeiras durante os festejos juninos. No ano passado, por força de uma casa que estávamos construindo no agradável Condomínio “Águas da Serra”, passamos (eu, minha família e alguns amigos) vários dias entre Solânea e Bananeiras, apreciando o verdadeiro São João paraibano.


Confesso que temi pelo tamanho do local, a praça onde estavam centralizados os festejos. Mas, a cada caravana que chegava, parecia que a praça crescia e havia lugar para todo o mundo. Fiquei deveras empolgado com o “Maior São João Pé de Serra do Mundo”, parodiando a festa de Campina Grande, que ainda hoje disputa com Caruaru a primazia dos forrozeiros.

E dava gosto observar crianças, jovens em profusão e muitos integrantes da “Boa Idade”, a dançar e cantar os verdadeiros forrós juninos, nas calçadas e na praça. Não vi (e nem ouvi falar) de prisões ou arruaças nos três dias de festas em Bananeiras. Presumo que o trabalho da Polícia ficou restrito ao ordenamento do trânsito, pois, como me disse um amigo, veterano naqueles festejos, a “metade de João Pessoa se muda para esta terra”.

Um dos eventos mais emocionantes da festa foi a Missa em homenagem a São João (Benção das quadrilhas juninas, seguida do Cortejo dessas Quadrilhas até a Praça Central).  E por que iremos a Bananeiras, de novo, neste ano? Porque lá tem o Padre Pedro, que condena o “forró de plástico”, tem o empresário Alírio Trindade, que revolucionou a construção dos condomínios. E tem mais: o hotel Serra Golf, o restaurante Tratoria Rodriguez, do Elígio, a peixada do Mestre Duda, o Bistrô café e bar, as cachaças Rainha e Água da Serra (esta fabricada no Condomínio, que tem Golfe e heliponto).
Em Bananeiras tem frio, forró, Nossa Senhora do Livramento (a padroeira), os Bezerra Cavalcanti, meu amigo João Monteiro, a família Ramalho, Rafael, o construtor, Odon e Hervásio Bezerra, o advogado Cleanto Gomes, a Promotora Ana Lúcia Torres, Benedito Juscelino, Almeidinha (Promotor e ex-prefeito).

Lá em Bananeiras se vê pássaros, se dá longas caminhadas, se conversa nas calçadas, as pessoas se cumprimentam. Tem o túnel do trem, a Pousada da Estação, o Serra Nevada, o hotel Eco Spazio, o Cruzeiro de Roma (de onde se avista Belém, Pirpirituba e Rua Nova). Coisas do Padre Ibiapina...
É o verdadeiro São João Pé de Serra, onde pontificam Amazan, Cirano e Cirino, Pinto do Acordeon e Santana. E tem mais: na vizinha Solânea (menos de um quilômetro de distância), além de muito forró, tem o bar de Pedro Galego, onde se come a maior variedade de caças já vista no Estado: rolinhas, ribaçãs, nambus, preás, tatus etc.

Portanto, a “nova Gravatá” é bem melhor do que a original. Os condomínios estão se agigantando, mas sem poluição. Lá sempre foi exigido o certificado de “impacto ambiental” e as pessoas respiram ar puro, saúde, tranquilidade e paz.