16 de abr. de 2012

A Internet ajuda?



A internet é um instrumento do intelecto humano que, a destinação do seu uso pode ser, assim como qualquer ‘utensílio’ humano, para uma ferramenta ou para uma arma. 


A aplicação que se faz desse instrumento poderoso e, não o instrumento em si, é o que determina qual será o seu possível malefício ou benefício.  


A internet, assim como grande parte das criações humanas, pode ser usada para os mais diversos fins. Todavia, entendo que as suas virtudes superem em demasia seus vícios.


Os maiores riscos que podem ser observados são: o imediatismo desprovido de substância e a prioridade dada à velocidade em detrimento da qualidade das informações e conteúdos produzidos e compartilhados. Esse tratamento talvez faça com que a superficialidade seja uma constante na grande rede.


Não há dúvidas que a internet talvez seja a mais importante ferramenta já concebida para criação, compartilhamento e revisão de informações e conhecimentos. É evidente que a quantidade de informação disponível pode ser um fomentador para a construção de um grande ‘saber’ ou, por ser grande demais, provocar dispersão e distração. O certo é que essa ferramenta está disponível para a grande maioria da população mundial e, talvez, nenhum outro instrumento tenha tido uma abrangência tão grande e rápida. Pois, se tomarmos a ‘invenção’ da prensa por Gutemberg em por volta de 1439, ainda hoje é comum termos pessoas sem acesso a livros e, quanto à internet, com cerca de 20 anos de uso comercial temos uma abrangência fantástica em tão pouco tempo.


Quanto aos riscos, o uso da grande rede para fins que ferem as normas legais e, a característica transnacional da internet coloca novos e grandes desafios para os países que pretendam disciplinar seu uso. Evidentemente, qualquer lei ou norma que venha a ferir o princípio da privacidade individual, a liberdade de expressão ou cerceamento e monitoramento de acessos, terá grande resistência por parte da comunidade virtual. O mais plausível talvez seja tratar a internet como extensão do mundo ‘real’ e tratar os usuários que cometerem excessos como criminosos ‘normais’, sem com isso, limitar ou censurar o seu acesso.


Entendo que o mundo é melhor com a internet e seus defeitos. Melhor assim, do quem sem esse admirável mundo novo.


Roberto Solon de Vasconcelos
vozdepedra.com