O público
LGBTT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transsexuais) terá
representantes inéditos na disputa eleitoral de 2012. Na capital da Paraíba,
João Pessoa, e em Itu, no interior de São Paulo, já foram lançadas
pré-candidaturas de homossexuais ao principal cargo executivo municipal.
Em ambos os
casos, os candidatos a prefeito prometem, caso eleitos, brigar pelos direitos
dessas minorias.
Edmilson Martins (PPL), candidato a prefeito em Itu (SP) |
Ponto
considerado positivo pelo presidente da ABGLT (Associação Brasileira de
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais), Tony Ramos, que disse
acreditar que é importante ter uma plataforma de governo bem alicerçada.
Para as
câmaras, o número de candidatos LGBT é bem maior. Pelo menos 133 pessoas com
esse tipo de orientação sexual vão disputar vagas legislativas em todo o país.
O
pré-candidato de Itu, Edmilson Martins (PPL – Partido Pátria Livre), considera
importante defender a igualdade social em todas as áreas. Ele afirmou que já
montou projetos para a criação de departamentos que promovam a inclusão social.
“Sou contra
qualquer forma de preconceito, por isso quero trabalhar pela profissionalização
e introdução ao mercado de trabalho do público LGBTT”, afirmou.
Ele disse
ainda que pretende entrar para a história do país, como o primeiro prefeito
gay.
“Quero
romper as barreiras e mostrar que a minha opção sexual não interfere na minha
posição política e candidatura.”
Edmilson
disse que sua candidatura é apoiada pelo deputado federal Jean Wyllys (PSOL),
que também é gay.
“Ele ainda
vai estudar no partido a forma de formalizar esse apoio”, afirmou Martins.
PSOL
O PSOL é o
partido de Renan Palmeira, 25, que será candidato na capital paraibana. Jean
Wyllys (PSOL) prometeu se engajar na campanha.
Para o
presidente da ABGLT, além dos candidatos é importante garantir políticos
aliados para brigar pelas causas homossexuais em todo o país.
Já se
mostraram favoráveis nomes como Fernando Gabeira (PV), Gilberto Kassab (PSD) e
Antônio Imbassahy (PSDB). Tony diz ainda que é importante conhecer os
candidatos.
“Não basta
ser gay, é preciso ter uma proposta de governo interessante e envolvimento com
a política.”
Do UOL