Três mulheres dividirão o Prêmio Nobel da Paz deste ano,
anunciado nesta sexta-feira em Oslo: a presidente da Libéria, Ellen Johnson
Sirleaf, a ativista Leymah Gbowee, também liberiana, e a jornalista e ativista
iemenita Tawakkul Karman.
Ellen, a primeira mulher eleita presidente na África, e
Leymah são reconhecidas pela atuação para mobilizar as mulheres liberianas
contra a guerra civil no país, enquanto Tawakkul participa ativamente da luta
pelos direitos das mulheres e pela democracia no Iêmen.
O comitê do Nobel justificou o prêmio como reconhecimento de
"lutas não violentas pela segurança das mulheres e pelos direitos das
mulheres de participar do trabalho de construção da paz".
"Não podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no
mundo a menos que as mulheres alcancem as mesmas oportunidades que os homens
para influenciar o desenvolvimento em todos os níveis da sociedade",
afirmou o presidente do comitê, Thorbjöern Jagland, ao anunciar o prêmio.
Ao saber que era uma das premiadas com o Nobel, Ellen Johson
Sirleaf disse que a vitória era de todo o povo liberiano. “Estou muito feliz. É
o resultado de meus anos de combate pela paz na Libéria”, afirmou.
Tawakkul Karman dedicou seu Nobel "à juventude da
revolução no Iêmen e ao povo iemenita". "Trata-se de uma honra para
todos os árabes, muçulmanos e mulheres. Dedico este prêmio a todos os
militantes da Primavera Árabe", disse. "Estou muito contente. Não
esperava, nem sequer sabia que minha candidatura havia sido apresentada.”
A escolha deste ano deve ser vista como um forte sinal do
comitê do Nobel em favor da luta pela igualdade de direitos entre os gêneros,
especialmente no mundo em desenvolvimento.
ig