12 de jan. de 2011

POEMA VOZ DE PEDRA




A Voz



Pedra com sono
Pedra que jaz (ia)
Exposta a Sol e Lua
frio e calor
Paciente... Insignificante...
Desperta-se em fissuras
Despertar-se-ia a ti mesma
Expõe a todos as tuas entranhas
Esfacela-se em duas, três, quatro,...
Abrupto, pujante, rude e feio é teu meio
Meio pedra, meio seixo, meio areia, meio lasca
Mas...
Talvez...
Outra vez...
Pedra sereis!
E a voz de Pedra?
Voz que não fala
Vós que não falais
Voz que não vive
Voz que não cala
Voz de preta pedra
Voz de Pedra
Pedra que agora fala:
- Vox Petra!



Roberto Solon de Vasconcelos
29 de abril de 2010 – 09h00