Acreditando que o Brasil é o país da bandalheira e que aqui o emporcalhamento é práxis na classe política e que logo cai no esquecimento, pois o Congresso é uma máquina de lavar roupa suja, o senador Efraim Morais avisa que em 10 dias estará circulando livremente por aí como se nada tivesse acontecido.
Convicto de sua impunidade e não se achando pior do que ninguém, no máximo da mesma laia, ele tenta inverter os papéis argumentando ser vítima de uma trama daqueles que denunciou na CPI dos Bingos.
Cara de pau e desleal, Efraim Morais vai crucificar cada um dos seus auxiliares para se safar.
Efraim pratica o que todos praticam lá em Brasília, mas foi mais além e, ao invés de rachar, ficou com a parte do leão. E é essa ganância desmedida que vai condená-lo.
Agora, mais uma informação liga os gabinetes de Efraim pai ao de Efraim filho, provando que a ação envolvia o staff dos dois parlamentares paraibanos.
Notícia veiculada no Correio Brasilense afirma que a Polícia do Senado já sabe que os exames admissionais das irmãs Kelriany e Kelly Janaína Nascimento da Silva foram feitos de maneira informal, sem guia de encaminhamento do setor de Recursos Humanos do Senado.
Investigando, descobriu-se que uma funcionária do gabinete de Efraim Filho, Valéria Cristina Lacerda(?) de Vasconcelos, foi quem facilitou tudo ao pedir ao marido médico um laudo.
Efraim Filho negou que soubesse do ocorrido e, assim como o pai, se diz surpreso com o esquema e joga a culpa em Mônica Bicalho.
Mas, ficada vez mais difícil de acreditar que ambos tenham virado patetas do dia para noite e não sabiam o que se passava dentro dos próprios gabinetes.
É possível que a família Morais escape ilesa do ponto de vista legal, pois o coorporativismo advogará em favor de ambos. Lá no Congresso, 90% dos parlamentares têm rabo preso.
Entretanto, a voz rouca das ruas já tem o seu veredicto e o fato de Efraim ter despencado mais de 10 pontos nas pesquisas sinaliza que a justiça popular será feita.