11 de jan. de 2011

Educação a Distância Funciona!


Novas Perspectivas Tecnológicas Na gestão Do Ensino a Distância.


A consolidação do ensino a distância ainda é um sonho para o nosso país se compararmos com os avanços já obtidos por países desenvolvidos. As questões que permeiam o debate sobre o ensino virtual a distância não são as mesmas de alguns anos atrás. A superação dos problemas, antes existentes, nos leva agora a um patamar mais elevado acerca do ensino a distância. Responder se EAD funciona ou não é menos doloroso, pois muitos profissionais de notória competência ocupam espaço no mercado de trabalho, desmistificando pelo tempo e pelos resultados obtidos, algumas das dúvidas mais pertinentes quanto o ensino a distância.
A expressão “Educação a Distância” é usada em referência geral a todos os meios de ensino onde os seus participantes ocupam espaços geográficos diferentes, deste modo, não apenas o ensino virtual, mas também outros suportados por meios como o rádio e a TV também são inseridos no sentido destes termos. Surge agora entre os mais envolvidos com a graduação virtual a expressão “Educação Superior Virtual” que tende a ser de agora em diante a expressão linguística que se refere ao ramo da educação a distância voltada para a graduação superior suportada pelas tecnologias virtuais.
O resultado alcançado em EAD, confirmado pelo ENADE 2005-2006, mostra que as notas dos alunos de 9 cursos de graduação superior, de 13 cursos avaliados, foram melhores que dos alunos do ensino presencial. Algo parecido também ocorreu com o resultado do ENADE 2009 quando Antônio Edijalma da Rocha Junior, aluno EAD pela Uninter (Fatec Internacional), obteve 80,3 pontos na prova, a melhor nota do país. A média nacional foi de 4,5. Baseado nestes dados só tem como aprovar a inserção das novas tecnologias como ferramentas de singular importância para a educação, ratificando que não é o meio usado para adquirir o conhecimento que determina se a aprendizagem é legítima ou não. Sem “bons alunos” nenhuma modalidade de ensino terá sucesso.
O ensino a distância, faz de modo coerente, o perfil do nosso país. Somos um país de dimensão continental sem infra-estrutura para comportar os milhões de pessoas que terminaram o ensino médio mas não cursaram uma faculdade. A idéia lógica disso tudo, além da economia obtida com EAD, é massificar de forma positiva a educação superior em todo o território nacional. É a oportunidade que temos de romper as barreiras das desigualdades no campo da educação. A Amazônia pode ter, o Sertão pode ter, o Pantanal pode ter, a Caatinga pode ter este diferencial do futuro.
Além de amostras acerca da legitimidade do ensino a distância, outras perspectivas tomam conta deste cenário nos últimos dias. Foi debatido no 1º Seminário Internacional de Educação Superior Virtual, ocorrido dias 14 e 15 de outubro em Florianópolis, sobre o uso das redes sociais (Orkut, Facebook, Twitter, etc.) como plataformas de aprendizagem. O tema dividiu a opinião dos participantes presentes. Anna Beatriz Waehneldt, do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), afirmou que 80% do aprendizado é estabelecido fora do ambiente formal de ensino. Usando tal premissa justifica a inclusão de espaços e informações que completem o processo de formação dos estudantes. A visão de Anna Beatriz foi reforçada com a experiência de Marcelo Fabián Maina, da OUC (Universitat Oberta de Catalunya), na Espanha. Ele contou que as redes sociais têm um papel efetivo no processo de aprendizagem, sendo usadas como plataformas de intercâmbio de informação e comunicação entre professores e alunos.
A idéia da inserção das redes sociais promete bons debates entre os operadores e gestores do ensino a distância, desde já, adiro ao sistema que pode otimizar o processo de aprendizagem virtual. Reivindico apenas, uma participação maior das redes sociais no espírito educativo das universidades, no sentido de aperfeiçoar e adaptar as redes sociais , onde diversos transeuntes da internet passam, ao mundo do saber acadêmico no objetivo de que não saia do controle da universidade a participação do aluno e o resultado daquilo que se aprendeu.

Por Catiano Ferreira de Lima