Em outro momento de seu discurso, Ricardo disse não ter dúvidas de que a população preferiria Estelizabel a José Maranhão ou Cícero Lucena, apontando que os dois candidatos de oposição "não têm gordura para queimar" porque atingiram, com cerca de 20%, o teto máximo de intenções de voto:
- É sempre assim. Quem sai na frente, tem que ter gordura para queimar. Nossa militância não se sentia motivada e não saía de casa, não se sensibilizava com o nosso candidato. É preciso ter a multidão. Faltava a "liga", energia, quem falasse para a alma. Tem gente que é candidato há 40 anos e não adianta: o povo não quer. Só vai para baixo. Tem outros que são como o companheiro prefeito, que não passa de 20% mesmo administrando o município. Quase sempre, um candidato à reeleição tem que ter 40% e acima. Porque vai perder gordura. É sempre assim. Não podemos começar a campanha com 20% porque é suicídio. Estelizabel está crescendo como quem pega um prato de papa quente. Vai comendo pelas beiradas. Não há como olhar para Maranhão e Cícero Lucena e não se seduzir por Estelizabel.
Mais contundente que isso foi quando o governador insinuou que Agra, por sua desistência e, depois, insistência, mereceria "umas palmadas":
- Não se deve permitir que secretário ou secretária mande num governo porque se for assim, não precisa de governante. Não vale baixaria nem disputa pequena. Peço a unidade. Quem quiser que seja candidato. Não se pode melar o jogo depois do resultado do congresso. Eduardo Campos me disse que conduzisse o processo. Depois do dia 10, ninguém mais deve ficar com estória de volta ou fica. Vamos poder levar a campanha adiante. Política não é brincadeira. Não se pode brincar com coisa tão séria e ficar permanentemente desestabilizando o processo. Em 2008 eu não fui buscar o vice em 2008 função de tempo de rádio e tv, da condição financeira ou de densidade eleitoral. Eu precisava de alguém que tocasse o projeto sem aceno pessoal. Esse vice era simplesmente do grupo e que claramente sabia disso. Agora, presenciamos as quatro pessoas que estiveram com mais poder usando esse poder contra o partido e contra quem lhe deu o poder. Não é justo. Esse é não é um bom comportamento, mas um comportamento que se fosse um tempo atrás, antes da lei que punem, era para pegar e dar três palmadas na bunda e dizer: meu amigo, acorde, pelo amor de Deus!
Além dos representantes do PSB, a plenária reuniu o ex-senador Ney Suassuna, representantes do PV (Sargento Dênis), do PC do B (Cristiano Zenaide), PT (Wallene Cavalcante) e PRP (Maria da Luz e Flávio Menezes).
Tião LUcena