O período de chuva deixou um saldo de treze mil desalojados e mil desabrigados na Paraíba. Para as próximas 48 horas, a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa) prevê mais chuva, sendo em intensidade fraca em todo estado, mas agora a preocupação dos paraibanos é outra: rompimentos de barreiros.
Os barramentos ou barreiros são espelhos d'água de pequeno volume localizados em propriedades particulares que correm o risco de romper com as próximas chuvas.
Nos últimos meses, as equipes da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba e da Defesa Civil fiscalizaram mais de 50 barramentos no entorno de Campina Grande. O órgão ainda tem os dados precisos do números de reservatórios deste tipo que existem no estado, mas já localizou as áreas que apresentam o maior risco de rompimento.
“São os municípios de Puxinanã e Lago Seca. A Defesa Civil de Campina Grande já contabilizou 22 rompimentos de barramentos em Lagoa Seca”, disse Isnaldo Cândido, gerente regional de bacias hidrográficas da Aesa.
O gerente explicou que um rompimento pode resultar em um efeito cascata. “Os barramentos foram construídos desordenadamente, um atrás do outro, se tiver um rompimento o prejuízo será incalculável”, alertou.
Atualmente a Aesa monitora 122 açudes na Paraíba e neste ano 70 já atingiram seu volume máximo. Isnaldo informou ainda que os açudes estão em "situação confortável" e que a maior preocupação é com os barramentos.
Previsão
A previsão dos meteorologistas da Aesa para as próximas 48 horas é tempo parcialmente nublado com chuvas fracas em todo o estado. A maior concentração de nebulosidade será observada na faixa litorânea. As temperaturas devem ficar dentro da normalidade. "Em Campina Grande, por exemplo, a temperatura mais baixa registrada neste mês foi na última quinta-feira (21), 17ºC.", explicou Alexandre Magno meteorologista da Aesa.
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