Na reta final de “Insensato Coração”,Deborah Secco diz desejar um final feliz para Natalie. Para a intérprete da desmiolada ex-participante de reality show, a personagem tem de voltar às suas origens e resgatar a jovem meiga e bom caráter que era no início da trama de Gilberto Braga. “A Natalie descobriu com o dinheiro e o poder um prazer. E está meio viciada nisso, está se vendendo por isso. Acho que esse é o resgate que a gente vai ter que fazer para ela ter um final feliz. Pelo menos é o que desejo para ela. Porque gostava daquela menina que falava que não ia se vender para nenhum homem por dinheiro, que ninguém ia ficar com ela se não fosse por amor”, contou Deborah ao UOL, na manhã desta quarta (20), durante um campeonato de golfe no Gávea Golf Club, na zona sul do Rio.
Deborah – que foi acompanhar o marido, o jogador de futebol Roger Flores, no evento – afirmou que não quer que Natalie termine a novela com Cortez (Herson Capri) e contou que ainda não gravou a cena em que o banqueiro vai bater na personagem após descobrir que ela roubou os dólares de seu cofre. “A princípio, queria que ela ficasse com o Cortez, mas ele é muito errado e mau-caráter para ela”, opinou ela, que ainda não sabe se vai tirar férias quando a novela chegar ao fim, em meados de agosto. “Talvez faça uma série, talvez entre de férias. Ainda estou numa dúvida muito cruel entre conseguir descansar um pouquinho e emendar trabalhos”, contou. Leia, abaixo, a entrevista completa com Deborah Secco:
UOL – Você já gravou a cena em que o Cortez bate na Natalie após descobrir que ela o roubou?
Deborah Secco – Ainda não. A cena chegou para mim ontem.
Deborah Secco – Ainda não. A cena chegou para mim ontem.
UOL – Vai ser uma cena forte, né? Ele vai bater na cara dela, os dois vão se xingar e a Natalie vai chegar a cuspir nele...
Deborah Secco – A gente nunca pode dizer como será a cena porque até a hora de gravar as coisas mudam. Às vezes as cenas são alteradas pela direção para não ficarem fortes demais nem fracas, para chegarem ao tom certo. Eu não gravei ainda.
Deborah Secco – A gente nunca pode dizer como será a cena porque até a hora de gravar as coisas mudam. Às vezes as cenas são alteradas pela direção para não ficarem fortes demais nem fracas, para chegarem ao tom certo. Eu não gravei ainda.
UOL – Você e o Herson Capri conversaram sobre a cena?
Deborah Secco – Não. Eu acho que agora os personagens já estão muito prontos. A Natalie já vai sozinha. Eu não domino mais ela. Às vezes eu penso que quero fazer a cena desse jeito e quando eu vejo sai tudo diferente. Ela já existe. Não tenho mais controle sobre ela [risos].
Deborah Secco – Não. Eu acho que agora os personagens já estão muito prontos. A Natalie já vai sozinha. Eu não domino mais ela. Às vezes eu penso que quero fazer a cena desse jeito e quando eu vejo sai tudo diferente. Ela já existe. Não tenho mais controle sobre ela [risos].
UOL – Nessas cenas mais fortes, você tem alguma receita para depois se desligar de tanta tensão?
Deborah Secco – Eu acho que nesses anos todos de carreira eu aprendi muito bem a vestir a personagem ali no camarim e depois deixar lá. Coloco os cachos, a maquiagem, boto aquela super roupa [risos] e deixo ela entrar. Quando eu vou embora para casa, troco a minha roupinha e deixo a Natalie lá.
Deborah Secco – Eu acho que nesses anos todos de carreira eu aprendi muito bem a vestir a personagem ali no camarim e depois deixar lá. Coloco os cachos, a maquiagem, boto aquela super roupa [risos] e deixo ela entrar. Quando eu vou embora para casa, troco a minha roupinha e deixo a Natalie lá.
UOL – Você tem algo em comum com a Natalie?
Deborah Secco – Eu acho que a relação com a mãe. Minha relação com a minha mãe é muito parecida. Às vezes nas cenas delas, eu falo: ‘nossa, como eu já passei por isso!’ [risos]. A minha mãe também é muito carinhosa, presente. Eu tenho um amor incondicional por ela, que tem uma preocupação não só comigo, mas com todos os filhos, com cada decisão que a gente vai tomar. Essa é a única coisa que eu tenho de muito parecido com a Natalie. Porque o resto é muito distante [risos].
Deborah Secco – Eu acho que a relação com a mãe. Minha relação com a minha mãe é muito parecida. Às vezes nas cenas delas, eu falo: ‘nossa, como eu já passei por isso!’ [risos]. A minha mãe também é muito carinhosa, presente. Eu tenho um amor incondicional por ela, que tem uma preocupação não só comigo, mas com todos os filhos, com cada decisão que a gente vai tomar. Essa é a única coisa que eu tenho de muito parecido com a Natalie. Porque o resto é muito distante [risos].
Ela descobriu com o dinheiro e o poder um prazer e está meio viciada nisso, está se vendendo por isso. Acho que esse é o resgate que a gente vai ter que fazer para a Natalie ter um final feliz. Pelo menos é o que eu desejo para ela
UOL – A Natalie mudou muito desde o início da novela. Agora ela parece mais mau-caráter do que ignorante. Você concorda?
Deborah Secco – Ela descobriu com o dinheiro e o poder um prazer e está meio viciada nisso, está se vendendo por isso. Acho que esse é o resgate que a gente vai ter que fazer para a Natalie ter um final feliz. Pelo menos é o que desejo para ela. Porque gostava daquela menina que falava que não ia se vender para nenhum homem por dinheiro, que ninguém ia ficar com ela se não fosse por amor. Eu acho que esse bichinho de ter muito dinheiro e ter muito poder acabou piorando esse caráter que ela tinha. E foi naquela cena – para mim muito forte – que a mãe fala: ‘meu Deus, mas eu não gosto mais da minha filha’. Tinha na rubrica para eu não chorar e terminou a cena e eu desabei de chorar. Porque realmente é isso: você vê uma pessoa que tinha um caráter – apesar de ser meio desmiolada, de querer ser famosa, de ter os valores equivocados – mudar demais. Mas eu acho que depois dessa relação com esse homem tão sem caráter ela ficou mais sem noção ainda do que é certo e do que é errado.
Deborah Secco – Ela descobriu com o dinheiro e o poder um prazer e está meio viciada nisso, está se vendendo por isso. Acho que esse é o resgate que a gente vai ter que fazer para a Natalie ter um final feliz. Pelo menos é o que desejo para ela. Porque gostava daquela menina que falava que não ia se vender para nenhum homem por dinheiro, que ninguém ia ficar com ela se não fosse por amor. Eu acho que esse bichinho de ter muito dinheiro e ter muito poder acabou piorando esse caráter que ela tinha. E foi naquela cena – para mim muito forte – que a mãe fala: ‘meu Deus, mas eu não gosto mais da minha filha’. Tinha na rubrica para eu não chorar e terminou a cena e eu desabei de chorar. Porque realmente é isso: você vê uma pessoa que tinha um caráter – apesar de ser meio desmiolada, de querer ser famosa, de ter os valores equivocados – mudar demais. Mas eu acho que depois dessa relação com esse homem tão sem caráter ela ficou mais sem noção ainda do que é certo e do que é errado.
UOL – O que você acha de homens que usam a força para agredir suas mulheres?
Deborah Secco – Eu acho uma barbaridade. Não tem o que falar. Porque primeiro é desumana a diferença da força do homem para a da mulher e são ridículas as leis que a gente tem hoje. Porque uma pessoa humilde vai lá denunciar o marido, aí ele é condenado a fazer um serviço comunitário, volta para casa e bate nela mais. Então você fica numa situação muito difícil. Eu acho que a gente realmente tem que repensar numa forma de mudar isso – porque isso não acontece pouco, acontece muito – nas classes mais humildes ainda mais. E são as pessoas que menos têm acesso à informação, à maneira certa de proceder. Porque é muito fácil para mim pegar o meu carro, ir para um lugar onde eu tenha uma segurança e o homem não vai ter acesso a mim. Mas uma outra pessoa que não tem como sair de casa, que tem filho, que tem essa ligação, que depende do homem e não tem como se proteger, fica muito exposta a coisas piores.
Deborah Secco – Eu acho uma barbaridade. Não tem o que falar. Porque primeiro é desumana a diferença da força do homem para a da mulher e são ridículas as leis que a gente tem hoje. Porque uma pessoa humilde vai lá denunciar o marido, aí ele é condenado a fazer um serviço comunitário, volta para casa e bate nela mais. Então você fica numa situação muito difícil. Eu acho que a gente realmente tem que repensar numa forma de mudar isso – porque isso não acontece pouco, acontece muito – nas classes mais humildes ainda mais. E são as pessoas que menos têm acesso à informação, à maneira certa de proceder. Porque é muito fácil para mim pegar o meu carro, ir para um lugar onde eu tenha uma segurança e o homem não vai ter acesso a mim. Mas uma outra pessoa que não tem como sair de casa, que tem filho, que tem essa ligação, que depende do homem e não tem como se proteger, fica muito exposta a coisas piores.
UOL – Você faz malhação diariamente para interpretar a Natalie. Vai continuar a malhar depois que a novela acabar?
Deborah Secco – Pensei que fosse relaxar depois da novela, mas exercício físico é viciante mesmo. Não acreditava nessa história, mas percebi que é verdade. Não quero ganhar mais massa, quero voltar a ser magrinha. Mas o bichinho da ginástica me mordeu e estou viciada.
Deborah Secco – Pensei que fosse relaxar depois da novela, mas exercício físico é viciante mesmo. Não acreditava nessa história, mas percebi que é verdade. Não quero ganhar mais massa, quero voltar a ser magrinha. Mas o bichinho da ginástica me mordeu e estou viciada.
UOL – É verdade que vocês têm recebido os capítulos da novela em cima da hora de gravar para evitar que as informações vazem para a imprensa?
Deborah Secco – É que antes a gente recebia os capítulos com três blocos de antecedência [risos]. Mas a novela tem muita frente. Agora estão entregando o que a gente vai gravar na semana seguinte. Mesmo assim, comparado a outras novelas, estamos com bastante frente.
Deborah Secco – É que antes a gente recebia os capítulos com três blocos de antecedência [risos]. Mas a novela tem muita frente. Agora estão entregando o que a gente vai gravar na semana seguinte. Mesmo assim, comparado a outras novelas, estamos com bastante frente.
UOL – Você torce para que a Natalie termine com o Cortez?
Deborah Secco – A princípio, queria que ela ficasse com o Cortez, mas ele é muito errado e mau-caráter para ela. Queria que ela aprendesse que a gente vence na vida primeiramente sendo feliz – como ela deseja – mas de uma forma honesta. E ela era assim. Acabou perdendo um pouco desse caráter, dessa ética que ela tinha de não se vender e tal. Ela tem que resgatar essas origens. Acho que a relação dela com a mãe é o que ela tem de mais bonito. Então acho que esse é o caminho da salvação da Natalie: que ela volte para aquela família e aprenda com a mãe aqueles valores a serem seguidos.
Deborah Secco – A princípio, queria que ela ficasse com o Cortez, mas ele é muito errado e mau-caráter para ela. Queria que ela aprendesse que a gente vence na vida primeiramente sendo feliz – como ela deseja – mas de uma forma honesta. E ela era assim. Acabou perdendo um pouco desse caráter, dessa ética que ela tinha de não se vender e tal. Ela tem que resgatar essas origens. Acho que a relação dela com a mãe é o que ela tem de mais bonito. Então acho que esse é o caminho da salvação da Natalie: que ela volte para aquela família e aprenda com a mãe aqueles valores a serem seguidos.
- Deborah Secco acompanha o marido, o jogador Roger Flores, em torneio de golfe (20/7/2011)
UOL – Como você definiria a sua atuação como Natalie em “Insensato Coração”?
Deborah Secco – Esse trabalho foi muito importante. A Natalie foi uma personagem que deu muito certo, que as pessoas gostam e torcem muito. Acho que desde o início da novela – se a gente for avaliar – ela era uma personagem que as pessoas queriam acompanhar a história. Para mim isso é uma grande vitória. Fico muito feliz de estar nessa novela, trabalhando com o Leo Miggiorin [Leonardo Miggiorin, que interpreta o Roni], que é incrível, o Ricardo Tozzi [que interpreta o Douglas], que também está se superando e mostrando o grande ator que é. A Rosi Campos [que vive a Haidê], que a gente já sabia que é uma grande atriz, mas pôde estar junto e confirmar isso e mostrar mais um grande trabalho dela. Minha parceria com o Herson [Capri] também foi super bacana. Ele é um grande colega de trabalho, muito generoso. Ter feito essa novela e ver o quanto as pessoas gostam da Natalie na rua foi muito bom. Todo mundo para e pergunta: ‘como é que tá a bi?’, ou ‘ai, o seu irmão é burro demais’. Essa coisa de falar diretamente com o público, de ele te confundir com a personagem depois de tantos anos de carreira é muito bom. As pessoas sabem quem eu sou e ainda me confundem com a Natalie. Isso é uma grande vitória.
Deborah Secco – Esse trabalho foi muito importante. A Natalie foi uma personagem que deu muito certo, que as pessoas gostam e torcem muito. Acho que desde o início da novela – se a gente for avaliar – ela era uma personagem que as pessoas queriam acompanhar a história. Para mim isso é uma grande vitória. Fico muito feliz de estar nessa novela, trabalhando com o Leo Miggiorin [Leonardo Miggiorin, que interpreta o Roni], que é incrível, o Ricardo Tozzi [que interpreta o Douglas], que também está se superando e mostrando o grande ator que é. A Rosi Campos [que vive a Haidê], que a gente já sabia que é uma grande atriz, mas pôde estar junto e confirmar isso e mostrar mais um grande trabalho dela. Minha parceria com o Herson [Capri] também foi super bacana. Ele é um grande colega de trabalho, muito generoso. Ter feito essa novela e ver o quanto as pessoas gostam da Natalie na rua foi muito bom. Todo mundo para e pergunta: ‘como é que tá a bi?’, ou ‘ai, o seu irmão é burro demais’. Essa coisa de falar diretamente com o público, de ele te confundir com a personagem depois de tantos anos de carreira é muito bom. As pessoas sabem quem eu sou e ainda me confundem com a Natalie. Isso é uma grande vitória.
UOL – Você vai tirar férias depois da novela?
Deborah Secco – Tem algumas coisas acontecendo. Talvez faça uma série, talvez entre de férias. Ainda estou numa dúvida muito cruel entre conseguir descansar um pouquinho e emendar trabalhos. Porque começamos a filmar “Confissões de Adolescente” [longa-metragem] no final do ano. O dilema chegou essa semana e estou pensando [risos].
Deborah Secco – Tem algumas coisas acontecendo. Talvez faça uma série, talvez entre de férias. Ainda estou numa dúvida muito cruel entre conseguir descansar um pouquinho e emendar trabalhos. Porque começamos a filmar “Confissões de Adolescente” [longa-metragem] no final do ano. O dilema chegou essa semana e estou pensando [risos].
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