27 de jul. de 2011

Amy Winehouse – uma vítima de um mundo alucinado

Por Márcio Souto
Bacharel em música pela Universidade
 Federal da Paraíba - UFPB


Tivemos esta semana uma notícia que, apesar de ser uma tragédia anunciada, chocou muitas pessoas, principalmente os fãs e admiradores da cantora de soul/jazz inglesa Amy Winehouse, que foi encontrada morta em sua casa na cidade de Londres Inglaterra, até o momento a causa da morte ainda não foi divulgada, mas muitos dizem que a cantora pode ter morrido de overdose, tendo em vista que a mesma era usuária de drogas pesadas como crack e cocaína.

Em um mundo onde a arte se torna cada vez mais uma forma simples de ganhar dinheiro e os verdadeiros talentos ficam escondidos por não submeterem seu trabalho a clichês de grandes corporações, Amy conseguiu aos trancos e barrancos divulgar um trabalho muito coerente com a proposta musical à que ela se dispôs. Dona de uma voz muito peculiar e muito útil ao estilo musical que defendia, Amy trouxe de volta um estilo musical que a muito não se falava na grande mídia que é o soul, inclusive alavancando carreiras de outros artistas desta mesma seara musical.

Mas o que me impressiona é que ao invés de ser lembrada pela qualidade artística que outrora demonstrou (principalmente quando não estava bêbada e drogada em cima do palco), a mídia e as pessoas de uma forma ou de outra fazem questão de lembrar desta cantora simplesmente como uma alcoólatra e drogada que dava vexame nos shows e que mais se interessava por uma garrafa de bebida do que por sua própria vida.

É claro que essas afirmações têm seu fundo de verdade em maior ou menor grau e que o abuso destas substâncias causa dependência e até morte (está aí nossa Amy pra provar isto), mas já que ela teve este trágico destino, façamos deste momento uma oportunidade para lembrar que antes de mais nada ela tinha o seu talento e foi por isso que chegou ao sucesso, diferente de muitos artistas que chegam ao sucesso por uma simples jogada de marketing das gravadoras e empresários.

Amy foi um exemplo de que é necessário muito cuidado com a fama, e todos os aproveitadores que vêm com ela, e que por mais que você seja idolatrado e considerado um Deus por seus fãs você precisa cuidar do principal que é sua integridade física e mental, caso contrário de nada adiantará todo o seu talento se você estará morto.

Então fica a dica: aproveite seu talento para construir boas coisas e cuide-se para que você não seja apenas uma lembrança nas mentes de fãs, de amigos ou de parentes.

Para ouvir Amy, clique aqui.