Erupção solar envia partículas na direção da Terra, diz
Centro Espacial
Uma forte erupção na superfície do Sol, somada com a
temporada de tempestades, enviou ondas de plasma e partículas que alcançarão a
Terra, conforme informou nesta segunda-feira (5) o Centro de Prognósticos
Climatológicos Espaciais (SWPC).
O SWPC, operado pelo Serviço Meteorológico Nacional dos
Estados Unidos, indicou que o clarão foi de classe X1.1, o que significa que se
trata de uma das mais poderosas das erupções solares. O fenômeno aconteceu às
1h13 desta segunda-feira (5).
A expectativa é de que a onda de plasma e partículas solares
alcance a Terra em dois ou três dias.
As erupções solares interferem no campo magnético da Terra e
as ondas, que obrigaram a mudar a rota de alguns aviões comerciais que
sobrevoavam os pólos, continuarão se intensificando, segundo os especialistas.
O Sol passa por ciclos regulares de atividade, que a cada 11
anos aproximadamente se intensificam e provocam tempestades que às vezes
deformam e inclusive atravessam o campo magnético da Terra.
Os especialistas indicaram que a atual temporada de
tempestades é a mais intensa registrada desde setembro de 2005 e que estas
provocam efeitos especiais únicos como as auroras boreais, além de interferir
nas comunicações.
Além disso, as redes de transmissão de eletricidade, as
comunicações via rádio e os sistemas de satélites são afetados, mas a Nasa
(agência espacial americana) afirmou que os astronautas da Estação Espacial
Internacional (ISS) não correm perigo.
Em janeiro, os cientistas detectaram duas erupções no
período de quatro dias seguidos por ondas com bilhões de toneladas de plasma
viajando a cerca de 8 milhões de km/h.
A onda causada pelo segundo dos dois clarões alcançou a
Terra cerca de 34 horas depois da erupção, em vez dos dois ou mais dias que
habitualmente esse deslocamento demora.
uol