Boa leitura!
A presidente Dilma Rousseff idealizou um encontro com todos
os prefeitos brasileiros, em Brasília, para mais uma vez cumprimentá-los,
desejar boa sorte administrativa no ano que se inicia, mas prudência nos atos.
E pronto!
Na ânsia de falar com a presidente, apertar s sua mão, sair
na foto oficial, centenas de prefeitos pegaram o primeiro avião, desceram na
capital Federal e correram para o Palácio do Planalto, local previamente
determinado.
E lá a coisa funcionou de maneira alegre, embora o
brasileiro ainda esteja triste com a tragédia na Boate Kiss. A chefe da Nação
recebeu todos com carinho, otimismo e muitas promessas para as administrações
municipais.
Ficou nisso. Investimento que é bom, só deve ser conseguido
através de representantes no Congresso Nacional. Da presidente apenas o pedido
– para o bom entendedor, uma ordem – em melhor fiscalização nas casas de shows.
Inteligentes foram os chefes executivos municipais que
decidiram ir à Brasília depois desse “furdunço”. Mais tranqüilos, e facilidades
de encontros com seus representantes na Câmara Federal e Senado, podem tirar
melhor proveito.
E entre esses vai estar o Prefeito de Sossego, na Paraíba,
Carlos Antonio Alves da Silva, o Carlinhos, que justificou sua ausência nesse
dia de abraços e aperto de mãos com a presidente Dilma. Carlinhos usou a
inteligência. Evitou gastar dinheiro em vão com passagem e estadia. A
presidente não custeou nada.
E Carlinhos acertou em cheio. Ir ao encontro apenas para
fazer números, não faz parte de seu interesse administrativo pela sua cidade.
“Com poucos prefeitos procurando seus representantes fica muito mais fácil
conseguir investimentos”, disse o prefeito.
“Deixa passar a euforia dos novos prefeitos em abraçar e
conviver com a presidente por alguns minutos, que irei a Brasília em busca de
investimento. Tenho agendadas algumas audiências e no dia certo estarei na
Capital Federal reivindicando juntos aos deputados e senadores”, afirmou.
Carlinhos usou a inteligência, e com toda razão. Para quê
integrar uma legião de novos prefeitos, se hoje tem conhecimento da mecânica
empregada no Congresso Nacional para se conseguir benefícios. Ser inteligente é
bastante pensar antes de agir.
Isso, senhor prefeito. Os quatro anos iniciais de sua vida
pública foram suficientes para adquirir experiência necessária, não se envolver
em fantasias administrativa, nem ir de encontro ao nada. Na sua próxima viagem
saberá caminhar com êxito pelos corredores e gabinetes do Congresso Nacional.
Um executivo ir à Brasília não é simplesmente passeio. É
trabalho. É o dinheiro do povo sendo investido no seu deslocamento. Para tanto,
necessário se faz usar o bom senso, a inteligência e os conhecimentos
adquiridos, para ter êxito nos seus objetivos.
Adamastor Chaves