Cerca de 400 pessoas ficaram feridas, três delas com gravidade, depois que um meteorito caiu e se desintegrou sobre a região russa de Tcheliabinsk, nos montes Urais. A informação foi confirmada pelo Ministério do Interior da Rússia.
O governo afirmou que os danos foram provocados pela onda de choque da explosão que desintegrou o meteorito na atmosfera. O meteorito caiu a cerca de 80 quilômetros da cidade de Satki, no distrito de mesmo nome, por volta das 9h20 locais (1h20 de Brasília) e se desintegrou.
Vejam a matéria publicada ontem(14/2) no vozdepedra (AQUI).
As autoridades de Tcheliabinsk, capital da região homônima, reforçaram as medidas de segurança nas estruturas e instalações vitais da cidade.
Os moradores da cidade foram orientados a voltar para casa e a buscar as crianças nas escolas, que foram fechadas por orientação do governo. Muitas casas e prédios de Tcheliabinsk tiveram janelas estilhaçadas. O aeroporto da cidade, no entanto, permaneceu aberto, sem interrupção no serviço.
Clarão seguido de forte explosão
Testemunhas relataram aos jornais russos Moskovskij Komsomolets e Kommersant Online terem visto um forte clarão no céu sobre os montes Urais. Um morador de Tcheliabinsk chegou a descrever a imagem como a explosão de uma bomba nuclear. Ao clarão, se seguiu uma forte explosão que chegou a quebrar janelas, relatou o morador.
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Segundo o Ministério do Interior, a maioria dos ferimentos foi causado pelos estilhaços dos vidro quebrados das construções. O teto de uma planta de zinco em Tcheliabinsk desabou, porém não há registro de feridos. Segundo relato de moradores, Tcheliabinsk ficou por cerca de meia hora sem comunicação.
HOJE TEM MAIS RISCO
A Agência Espacial Europeia (ESA na sigla em inglês) confirmou que o evento não tem relação com o asteroide 2012 DA14, que tem de 45 a 95 metros e deve passar próximo à Terra nesta sexta-feira.
Governo desmente chuva de meteoritos
Alguns veículos da imprensa chegaram a informar que uma chuva de meteoritos teria caído sobre os Urais, mas a informação foi retificada pelo governo.
"Não foi uma chuva de meteoritos, mas um meteoro que se desintegrou nas camadas baixas da atmosfera", disse à agência Interfax a porta-voz do Ministério para Situações de Emergência da Rússia, Elena Smirnij. Meteoros se desintegram na atmosfera, antes de atingir o solo, enquanto meteoritos atingem a Terra.
Elena confirmou que a onda expansiva provocada pela queda do corpo celeste quebrou as vidraças de "algumas casas na região". A porta-voz ministerial também informou que a queda do meteoro não alterou os níveis de radiação, que se mantêm dentro dos parâmetros frequentes para a região.
"Teste militar norte-americano"
Apesar do relato do Ministério para Situações de Emergência da Rússia confirmando a desintegração do meteoro, o vice-presidente da Duma (a Câmara dos Deputados russa), Vladimir Zhirinovsky, afirmou que a explosão tratou-se, na verdade, de um teste militar norte-americano, visando atingir a região das Urais, onde fica localizada a maior planta de beneficiamento de combustível nuclear do país.
Representantes do Ministério da Defesa argumentaram que a emergência não afeta as unidades de combate do Comando Militar Central e que havia alvos militares entre os edifícios danificados.
Efe