Uma operação especial da Secretaria Estadual de Segurança Pública transfere, na manhã desta terça-feira (21), oito presos da Paraíba considerados de alta periculosidade. Eles embarcam de avião para Rondônia, com destino ao presídio federal de segurança máxima de Porto Velho, em Rondônia. A Operação Perseu pretende desarticular organizações criminosas que estariam agindo na Paraíba com a participação destes presos.
Apesar de estarem atrás das grades, eles são acusados de comandar facções criminosas que atuam em João Pessoa e na região metropolitana. Eles ordenariam uma série de assassinatos e de continuariam comandando o tráfico de drogas nas comunidades que chefiavam antes de serem detidos.
Foram transferidos:Paulo Henrique do Nascimento (Alexandre Neguinho), André Quirino da Silva (Fão), André da Silva Galdino (André Galdino), Márcio Maciel dos Santos (Maciel), Eristênio Gonzaga de Souza (Papel), Ricardo Cavalcanti Souto (Ricardo), José Roberto dos Santos Souza (Neguinho Mulungu), Otacílio José da Silva Filho (Sérgio Neguinho),
Em maio deste ano, o Jornal da Paraíba e o portal Paraíba1 revelaram com exclusividade um relatório elaborado pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Federal no ano passado solicitando a transferência de acusados de 'chefiar' crimes de dentro de presídios na Paraíba.
Eles teriam acesso também a regalias, como receber pizzas e lagostas e dispor de aparelhos celulares para se comunicar com integrantes de suas quadrilhas que continuavam nas ruas.
Operação especial
A operação foi denominada Perseu devido ao lendário herói da mitologia grega, famoso por ter cortado a cabeça da medusa e seus tentáculos. O nome faz alusão à intenção da operação em desarticular as ligações dos apenados com criminosos que continuam foram dos presídios.
A operação foi realizada pelas Polícias Federal, Civil e Militar. Os presidiários são das unidades de segurança máxima PB-I, em Jacarapé, do Sílvio Porto, em Mangabeira, ambas situadas na Capital, e da penitenciária de segurança máxima de Guarabira. A transferência foi solicitada pela Secretaria de Segurança Pública e aprovada pelo Departamento Penitenciário Nacional, do Ministério da Justiça.
Os presos foram colocados em carros separados da Polícia Militar e escoltados por equipes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate-PM) e do Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil.
Chegando ao aeroporto Castro Pinto, em Bayeux, o grupo embarcou num avião da Polícia Federal. A operação foi acompanhada pelo comandante geral da PM, coronel Euller Chaves.
Paraíba 1