28 de jun. de 2011

Ex-diretor do Detran é preso por apropriação indevida de dinheiro e falsificação de carteira de habilitação


Uma investigação da Polícia Civil no posto de trânsito de Coremas, por solicitação da Justiça local, resultou na prisão do ex-diretor do órgão. Ronaldo Toscano Lins, de 44 anos, foi preso na tarde desta quarta-feira, 22, pelos delegados Jorge Almeida e Walber Virgolino, com apoio do agente de investigação Sérgio Modesto, conforme apurou a Folha (www.folhadovali.com.br).

Depois de constatar que o ex-chefe do posto de trânsito apropriava-se indevidamente de dinheiro de pessoas que procuram o órgão para resolver problemas relacionados a habilitação e regularização de veículos, a polícia pediu a prisão de Toscano. A juíza Ascione Alencar, que já havia recebido queixa de várias pessoas lesadas, decretou a preventiva do acusado no começo da tarde desta quarta-feira e, horas depois, o mandado foi cumprido.


Ronaldo Toscano é natural de João Pessoa, ma há 18 anos reside em Coremas. Ele é funcionário de carreira do Detran há 22 anos e assumiu a direção o posto de trânsito local entre maio de 2009 a dezembro do ano passado, durante o governo Maranhão III.


Conforme o dr. Jorge Almeida, delegado local, Ronaldo Toscano foi indiciado por peculato (utilizar-se da condição de servidor público para obter vantagem) e concussão (exigir vantagem no exercício de função). Após ser preso, o acusado foi levado para a delegacia, mas reservou-se ao direito de permanecer calado, e, em seguida, foi recolhido à cadeia pública de Coremas.


Segundo ainda o delegado, Ronaldo Toscano embolsou quase 7 mil reais durante o período que comandou o órgão. “Ele ficava com dinheiro das pessoas que procuravam o posto de trânsito ou ia até a casa das pessoas com a promessa de resolver o problema, mas apropriava-se do dinheiro e o problema não era resolvido”, comenta o delegado, ao informar que não é a primeira vez que Toscano pratica alguma ato de irregularidade no órgão: anos atrás, conforme dr. Jorge, ele recebeu uma suspensão de 90 dias por tentar emitir, irregularmente, carteira de motorista.


O advogado do acusado deverá recorrer ao Tribunal de Justiça na tentativa de anular a prisão para que ele responda ao processo em liberdade, já que é primário e tem residência fixa.




FOLHADOSERTAO com o Blog do Furão
Foto (Folha arquivo): Ronaldo Toscano durante atividade no posto coremense.