O jornal Folha de São Paulo publicou em sua página na internet nesta quarta-feira (22) que o Ministério Público Federal do Distrito Federal entrou na Justiça com uma ação de improbidade administrativa contra o ex-senador Efraim Morais (DEM). Investigações da Procuradoria apontam a autorização de dez contratos sem licitação.
Os contratos se referiam à prestação de serviços de publicidade e foram firmados entre 2005 e 2008 com três empresas de comunicação da Paraíba, Estado do ex-senador. Atualmente, Efraim é secretário de Infraestrutura do Estado da Paraíba.
Leia a notícia na íntegra abaixo:
Procuradoria entra com ação contra Efraim e Agaciel por improbidade.
O Ministério Público Federal do Distrito Federal entrou na Justiça com uma ação de improbidade administrativa contra o ex-senador Efraim Morais (DEM-PB), o atual deputado distrital Agaciel Maia (PTC) e o advogado do Senado, José Gazineo. Investigações da Procuradoria apontam que eles autorizaram a realização de dez contratos sem licitação.
Os contratos se referiam à prestação de serviços de publicidade e foram firmados entre 2005 e 2008 com três empresas de comunicação da Paraíba, Estado do ex-senador.
De acordo com o Ministério Público, os contratos --que se referiam à divulgação institucional do Senado nos veículos-- não cumpriram a exigência legal de licitação prévia e não foram apresentados argumentos que justificassem a dispensa de licitação.
À época, Efraim era o primeiro-secretário do Senado, Agaciel era o diretor-geral e Gazineo tinha o cargo de diretor-geral adjunto da Casa.
Os valores pagos pela publicidade das atividades do Senado, segundo as investigações, foram estipulados sem seguir critérios de padronização, sem passar por análise da área jurídica e pesquisa de mercado e não apresentou comprovantes da relevância dos veículos.
Além disso, o fato de as empresas terem sede no mesmo Estado de origem de Efraim indica, segundo a Procuradoria, "fortes evidências de favorecimento e de superfaturamento das contratações".
O Ministério Público deu como exemplo um primeiro contrato de R$ 24 mil entre o Senado e a Paraíba Internet Graphics -- que, de acordo com a investigação, "guarda relação com o ex-senador". No segundo contrato firmado com a empresa, o valor pago dobrou para R$ 48 mil.
Os dez contratos investigados somam mais de R$ 400 mil. A Procuradoria pede que esse dinheiro seja ressarcido aos cofres públicos. A reportagem tentou contato com os acusados para comentar a ação, e aguarda um retorno.