15 de ago. de 2011

SERVIDOR PÚBLICO CORRUPTO É LIXO



Pedro Taques fez o discurso mais duro: "Servidor público corrupto é lixo'
Costumeiramente reservada a discursos, a sessão não deliberativa desta segunda-feira (15) no Plenário do Senado serviu para uma ação suprapartidária incomum na disputa política. Senadores se revezaram na tribuna em uma moção de apoio, organizada por Pedro Simon (PMDB-RS), às iniciativas contra a corrupção implementadas pela presidenta Dilma Rousseff nas últimas semanas, como reação às notícias de fraudes diversas em ministérios ocupados por aliados.
A iniciativa ganhou força depois que diversos veículos de imprensa de repercussão nacional noticiaram as práticas criminosas operadas em ministérios por funcionários de segundo e terceiro escalão. A fonte da crise são as pastas da Agricultura, chefiada pelo peemedebista Wagner Rossi (indicação do vice-presidente Michel Temer), e a dos Transportes, cujo ministro desde a gestão Lula era o senador Alfredo Nascimento (PR-AM), demitido após a descoberta de um esquema de desvio de recursos, superfaturamento e pagamento de propina supostamente operado na pasta pelo seu partido.
Primeiro a falar, a partir das 14h, Pedro Simon iniciou o discurso dizendo o quão “importante e emocionante” era a sessão de “solidariedade”, e partiu para a crítica à impunidade que reina entre autoridades. “Há muito se fala que o Brasil é o país da impunidade. Razões existem para que o povo tenha uma profunda mágoa da política brasileira. Eis senão quando a atual presidenta da República age de uma maneira diferente da que até agora estávamos acostumados. Despreocupada com prestígio, com credibilidade, com aplauso, com simpatia, a presidenta toma algumas providências”, aplaudiu Simon, lembrando que Dilma demitiu aliados como Antonio Palocci, ex-ministro-chefe da Casa Civil, “homem da sua confiança”.
Simon voltou a mencionar, desta vez indiretamente, reportagem publicada na semana passada peloCongresso em Foco sobre o “susto” urdido nos bastidores pelo PMDB, maior partido da base aliada. “Os líderes dos partidos estão a dizer que vão iniciar um movimento no sentido de acalmar a dona Dilma. Ou ela para ou vamos votar projetos. E não se discute que devam ser ou não devam ser aprovados, mas não aprovar como chantagem”, emendou o peemedebista, citando projetos dispendiosos que seriam usados como chantagem para que Dilma interrompesse seu ímpeto punitivo nos ministérios.

Blog do Tião Lucena