Fernando Vasconcelos
O leitor sabe o que é um “spam”? Faz parte da nova linguagem da Internet, desse mundo cibernético, virtual. O spam é aquela correspondência que você recebe, sem saber de onde veio ou quem seja o remetente. E o pior: sua caixa de correspondência fica cada vez mais cheia, a ponto do “carteiro” não entregar mais correspondência por falta de espaço. Os dados são assustadores: uma Empresa de Consultoria registrou, em 2006, 61 bilhões de spams por dia durante o ano, contra 31 bilhões em 2005, liderados por e-mails com imagens integradas. O volume global de spam aumentou quase 100% em relação ao ano anterior, de acordo com estatísticas. Um quarto do volume (25%) consistia de spams com imagens, o que representa aumento de cinco vezes em comparação aos 4,8% verificados no ano anterior. O tamanho médio das mensagens também aumentou: de 8,9 Kilobytes para 13 Kilobytes. Durante o ano 2006, mensagens indesejadas consumiram mais de 819 Terabytes de largura de banda por dia.
Mas, de quem é a culpa pela proliferação do spam? Uns dizem que é da própria tecnologia, outros que é dos provedores, outros que é da própria inexperiência dos internautas. Mas o fato é que a explosão da Internet deu-se num curto espaço de tempo e o Brasil apresenta-se como campo fértil para essas novas tecnologias. Hoje, nosso país é o sétimo em envio de spam.
Com a disseminação do uso da Internet Banda Larga, pessoas de todas as idades estão conectadas com o mundo cibernético. Navegam, acessam os sites mais variados, mas a maioria não sabe que um programinha chamado “cookie” (tradução: biscoito), aloja-se no computador do internauta para espioná-lo. Aqueles que só acessam sites religiosos ou literários, passarão a receber mensagens com ofertas de livros, viagens à Terra Santa, CDs gospel, livros de literatura. Os que gostam de freqüentar sites pornográficos, com certeza, nos próximos dias, receberão e-mails ofertando viagra, cirurgia para aumento do pênis, remédio para frigidez.
E como tudo isso continua sem controle? Exatamente porque falta boa vontade para se apurar a responsabilidade dos provedores. Estes, responsáveis pela colocação do usuário no cyberspace, têm responsabilidade na colocação de programas anti-spam e antivírus. Só assim o internauta navegará em paz.
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