19 de jul. de 2011

Professor da rede municipal de CG é acusado de aliciar quatro alunas

O Ministério Público solicitou na segunda-feira (18) o afastamento de um professor acusado de abusar sexualmente, dentro da sala de aula, de pelo menos quatro estudantes com idade entre 7 e 9 anos, em Campina Grande.
A medida foi tomada pelo promotor da Infância e da Juventude do município, Herbert Targino, após a conclusão de um inquérito policial que apurou as denúncias e indiciou o suspeito por estupro de vulnerável. Os abusos teriam acontecido na Escola Municipal Ageu Genuíno da Silva, no bairro da Ramadinha I.
Depois que foi denunciado, o professor teria fugido com medo de ser preso. As investigações começaram a ser realizadas ainda no ano passado, quando algumas das vítimas relataram à polícia os supostos abusos. Os pais das menores denunciaram o caso ao Conselho Tutelar e à Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Criança e o Adolescente. O inquérito foi concluído há 15 dias.
“Assim que tomamos conhecimento do fim das investigações e da conclusão do procedimento policial, pedimos o afastamento imediato do professor, tendo em vista que ele não poderia mais estar no convívio escolar. Alguns pais chegaram até a pensar em pedir transferência dos filhos, mas foram realizadas visitas domiciliares e o acompanhamento dos menores”, relatou Herbert Targino.
De acordo com o relato das vítimas, os abusos aconteceriam sempre da mesma forma, após o término das aulas, e algumas estudantes disseram que o acusado fazia ameaças. “Ele dizia que ia suspender ou colocá-las de castigo e ainda dava presentes, segundo as denúncias, caso elas resolvessem contar a alguém”, informou Herbert Targino, que pediu um maior empenho dos gestores escolares e dos pais para evitar esse tipo de caso.
O secretário de Educação de Campina Grande, Flávio Romero, disse que “assim que tomamos conhecimento das denúncias, afastamos o servidor de suas atividades. Imediatamente fizemos o afastamento, mas o professor se evadiu da cidade”, observou o secretário. Após o afastamento, um inquérito administrativo também foi aberto para apurar o caso e as responsabilidades do servidor.
“Eu nunca tinha passado por uma situação semelhante, tão grave como essa, desde 2005, na época em que nós assumimos a secretaria”, enfatizou.

Do Jornal da Paraíba