5 de abr. de 2011

Coremas: Documentário sob a Caixa D’água


Documentário marca a estréia do diretor Diassis Pires
No próximo dia 09 de abril o audiovisual paraibano ganhará mais uma importante obra, trata-se do documentário “A Caixa D’água do Sertão” do estreante diretor Diassis Pires. O vídeo registra a história da construção do açude Estevam Marinho (complexo Coremas/Mãe - D’água), considerado um dos maiores do Nordeste brasileiro.
Patrocinado pela ação Mais Cultura do Ministério da Cultura e o Governo do Estado da Paraíba, através do Edital de Microprojetos Culturais, o documentário revela o potencial hídrico do sertão nordestino, apresentando ao Brasil a história da construção da Barragem Estevam Marinho, através de antigos documentos e relatos de personagens regionais que atuaram na edificação deste grandioso projeto, considerada na época a maior obra de engenharia brasileira. A construção do açude foi iniciada por Getúlio Vargas, passando por Eurico Gaspar Dutra e inaugurado por Juscelino Kubitschek.
Os depoimentos são ilustrados com um rico material iconográfico e imagens do açude de encher os olhos. A belíssima trilha sonora da Banda Cabruêra, reconhecida nacional e internacionalmente veste de luxo o documentário e enriquece ainda mais a obra.
A Caixa de D’água do Sertão tem direção geral, roteiro e pesquisa de Diassis Pires, produção executiva de Laércio Ferreira Filho, Direção de fotografia de João Carlos Beltrão, som direto, edição e finalização de Aderaldo Júnior, assistente de direção de Tina Pires, assistente de produção Taciliano Silva e todo projeto gráfico desenvolvido pelo designer gráfico Daniel Pires.
O açude Estevam Marinho - um pouco de história
O açude de Coremas-PB foi considerado o maior do Brasil desde seu término em 1943 até a inauguração do açude de Orós-CE em 1960, esta outra barragem gigante recebeu o nome do Pres. Juscelino Kubistchek de Oliveira(1902-1976), e a sua capacidade é de 2.100.000.000 m³.Porém em 1983, foi inaugurado o maior de todos, o açude de Açu-RN, que recebeu o nome do Engº Armando Ribeiro Gonçalves, a sua capacidade é de 2.400.000.000 m³.
As águas do sistema Coremas-Mãe Dágua, deságuam neste, tendo surgido um fato curioso para sua inauguração com a visita do presidente João Batista de Oliveira Figueiredo (1979-1985), fez-se necessário esvaziar bastante o nosso açude, pois só assim foi possível acumular água no novo açude, que o Regime Militar (1964-1985) construiu como o maior do Brasil, para suplantar o próprio presidente Juscelino (teve seus os direitos políticos cassados), que havia feito o de Orós-CE. O Açude de Coremas-PB tem sua capacidade de acumulação somada num único sistema integrado em 1.358.000.000 m³, ficando hoje em terceiro lugar, tendo ocupado por longos 18 anos, o posto de maior do Brasil.

FOLHA DO SERTÃO