19 de dez. de 2011

Vídeo espantoso: com morte do tirano Kim Jong-Il, Coreia do Norte estreia monarquia comunista de 3ª geração e choro coletivo obrigatório


O falecido Kim, pai, com Kim, filho -- também neto do outro Kim, na terceira geração da ditadura
Amigo do blog, o jovem com cara de bobo na foto, Kim Jong-Un, a respeito do qual pouquíssimo se sabe, acaba, como sabemos, de herdar um trono estranhíssimo, o da comunista Coreia do Norte, cujo povo padece há anos de uma das vidas mais miseráveis do planeta e sofre fome crônica para que seu falecido pai, o tirano Kim Jong-Il — com ele na fotografia –, montasse uma gigantesca máquina de guerra e procurasse por todos os meios ter a bomba atômica e mísseis para lançá-la.
Digo trono estranhíssimo porque coube justamente a uma ditadura comunista, a mais fechada do mundo, criar, entre os regimes de alguma forma republicanos, uma espécie maluca de monarquia: Kim Jong-Il, esse governante tarado que massacrou seu povo durante 17 anos, como se sabe, “herdou” o comando do país de seu pai, Kim Il-Sung, em 1994. Criou, assim, um precedente para que outras ditaduras, de vários tipos, montassem a própria monarquia, como a da Síria, onde Bassar Assad assumiu após a morte do pai, Hafez Assad, no ano 2000, tal como os depostos Hosni Murabak, no Egito, e Muamar Kadafi, na Líbia – este massacrado por seus captores antes de enfrentar um julgamento –, pretendiam fazer com filhos escolhidos a dedo, sem contar Cuba, onde Fidel Castro reinou durante 49 anos para, relutante, entregar o poder em 2008 para o irmão, Raúl, o qual de alguma forma ainda monitora.
Mulheres chorando nas ruas com a morte do "Grande Líder": a polícia está atenta para todos fazerem o que o regime quer
O fato de Kim Jong-Il ter morrido no sábado e sua morte divulgada apenas hoje, primeiro por uma causa estapafúrdia – “fadiga física” – até o governo de Pyongyang admitir que se tratava de um enfarto fulminante, dá margem a imaginar-se que houve alguma dúvida ou mesmo disputa entre a cúpula do “Partido dos Trabalhadores” (o Partido Comunista lá é PT), sobretudo de parte dos generais que o compõem, sobre entregar o poder ou não ao neto do fundador da ditadura.
A Coreia do Norte passa a ser o primeiro regime não-monárquico a adotar uma monarquia peculiaríssima que entra, com a assunção do mais jovem Kim, na terceira geração de ditadores.
O choro coletivo na Coreia do Norte, provavelmente obrigatório, incluiu militares
E, num país em que o povo tem uma brutal carga de deveres e pouquíssimos direitos, como podemos observar nas fotos e nas imagens da TV, inaugurou, também, algo inédito: o choro coletivo compulsório.
Tratando-se de um Estado policial em que há décadas a população está acostumada a obedecer — os poucos que não o fazem desaparecem, vão para a cadeia ou são condenados à morte, dependendo da importância que a ordem tenha para o regime — e onde a polícia e a polícia secreta são onipresentes, a sinceridade do choro é diretamente proporcional ao tamanho do temor.
Veja no vídeo como o choro é organizado e espontâneo:

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